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Aumento no imposto de importação do pneu pode elevar preços e impactar a inflação

Aumento no imposto de importação do pneu pode elevar preços e impactar a inflação

O aumento no imposto de importação do pneu pode elevar em até 25% o preço para caminhões e ônibus, e em até 16% o valor para carros de passeio.
aumento no imposto de importação do pneu

A proposta de aumento no Imposto de Importação do pneu, de 16% para 35%, está em pauta na Câmara de Comércio Exterior (Camex) e pode gerar um impacto significativo no preço final dos pneus e, consequentemente, na inflação do país. Um estudo encomendado pela Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Pneus (Abidip) revela que o aumento no imposto de importação do pneu pode elevar em até 25% o preço dos pneus para caminhões e ônibus e em até 16% o valor para carros de passeio.

O levantamento, realizado pela Guimarães Consultoria & Associados, alerta que essa medida pode pressionar a inflação em até 0,25%, dificultando ainda mais o controle inflacionário. “O impacto será severo para os consumidores finais e para toda a cadeia produtiva que depende do transporte rodoviário”, afirma o estudo.

Impactos do Aumento no Imposto de Importação do Pneu no Setor de Transporte

O possível aumento no imposto de importação do pneu preocupa o setor de transporte, que já enfrenta dificuldades com insumos cada vez mais caros. De acordo com Janderson Maçanero, conhecido como Patrola, líder dos transportadores autônomos, o aumento será insustentável. “O pneu é o segundo maior custo, depois do diesel. Esse aumento tornará inviável manter os caminhões funcionando, e o impacto será sentido por toda a economia”, alerta.

A elevação no preço dos pneus deve desencadear uma reação em cadeia, aumentando os custos de transporte e, consequentemente, o preço dos produtos transportados, como alimentos e bens de consumo, afetando diretamente o bolso do consumidor brasileiro.
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Disputa Entre Fabricantes e Importadores no Debate do Aumento no Imposto de Importação do Pneu

A proposta de aumento foi feita pela Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (ANIP), que representa os fabricantes nacionais, sob a justificativa de concorrência desleal com os pneus importados, especialmente os chineses. Entretanto, a Abidip rebate o argumento, destacando que os custos de produção no Brasil são semelhantes aos dos concorrentes internacionais e que os fabricantes nacionais não desejam ajustar seus preços para competir de forma justa.

Samer Nasser, diretor da XBRI Pneus, um dos maiores players da América Latina, destaca: “A competição é equilibrada entre pneus nacionais e importados. A realidade é que os fabricantes locais preferem manter seus preços altos e, com o aumento no imposto de importação do pneu, os consumidores brasileiros serão os mais prejudicados”.

A nota técnica apresentada pela Abidip ao Comitê de Alterações Tarifárias da Camex argumenta que o aumento do imposto prejudicará diretamente as importadoras, que representam 36,94% do mercado de pneus no Brasil. O fechamento dessas empresas resultaria na perda de milhares de empregos, além de reduzir a concorrência no setor, o que aumentaria ainda mais os preços para os consumidores.

A indústria nacional de pneus já conta com medidas antidumping contra produtos chineses há mais de uma década. Com a alta do dólar e os elevados custos de frete marítimo, o cenário já é desfavorável para os importadores, mesmo com a alíquota atual de 16%.

Com o setor de transporte rodoviário sendo vital para a economia brasileira, qualquer aumento significativo no preço dos pneus, causado pelo aumento no imposto de importação do pneu, terá um efeito cascata que pode agravar ainda mais a inflação e encarecer o custo de vida dos brasileiros. A decisão da Camex sobre o aumento é aguardada com apreensão, já que o impacto poderá ser profundo para os consumidores e a economia do país.

Impacto do Aumento no Imposto de Importação do Pneu na Inflação

Leia também: O Fantasma da Impressão de Dinheiro: Jefferson e a Crise Financeira de 1819

A inflação no Brasil tem sido uma preocupação constante para o Banco Central. A alta no preço de insumos básicos, como pneus, contribui diretamente para o aumento do custo de transporte, o que, por sua vez, afeta toda a cadeia produtiva. Produtos como alimentos, combustíveis e bens de consumo são transportados, em sua maioria, por rodovias. Um aumento nos custos do transporte rodoviário é rapidamente repassado aos consumidores, ampliando a pressão inflacionária. Estima-se que o aumento nos preços dos pneus pressione a inflação entre 0,1% e 0,25%, complicando ainda mais o cenário econômico.

A política monetária do Banco Central tem tentado controlar a inflação por meio de ajustes na taxa Selic, a taxa básica de juros. Com a Selic atualmente em patamares elevados, o BC busca conter a alta dos preços e estabilizar a economia. No entanto, fatores como o aumento no imposto de importação do pneu complicam essa missão. O impacto de uma medida como essa se faz sentir diretamente no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o principal indicador da inflação no país.

Para o setor de transporte, o pneu é o segundo maior insumo, ficando atrás apenas do diesel. Assim, qualquer aumento em seu custo representa uma elevação direta no preço do quilômetro rodado, o que impacta o preço final de mercadorias. Janderson Maçanero, conhecido como Patrola, uma das principais lideranças dos transportadores autônomos, afirma que “o aumento no preço dos pneus inviabiliza a operação de muitos caminhoneiros, especialmente os que utilizam caminhões mais antigos. Isso terá um reflexo inevitável na mesa do brasileiro”.

 

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