A Taxa Selic alta é ruim para todos?

Saiba como a taxa Selic alta impacta crédito, consumo e investimentos. Entenda quem é favorecido e quem sofre com os juros elevados.
Taxa Selic alta

Na última reunião do Comitê de Monetária (Copom), realizada em maio deste ano, a Taxa Selic foi fixada em 14,75%.

O que é a taxa Selic e como ela afeta a economia?

Embora essa informação já seja amplamente difundida, nunca é demais reforçar a relevância da Selic, sendo que a mesma é considerada a taxa básica de juros da economia brasileira. A toda evidência, ela serve como referência para todas as demais taxas de juros praticadas no mercado, afetando diretamente o custo do para pessoas físicas e jurídicas.

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De forma bastante simplificada, podemos afirmar que quanto mais elevada estiver a Selic, mais caros tendem a ser os empréstimos e financiamentos. Ao encarecer o crédito e desestimular o consumo, a política monetária busca conter a inflação, funcionando como uma espécie de freio na .

Setores e investidores que se beneficiam com juros altos

Por outro lado, é importante reconhecer que nem todos perdem com uma Selic elevada. Investidores (nacionais e estrangeiros) tendem a se interessar mais por ativos de renda fixa, como CDBs, LCIs e LCAs, sobretudo quando atrelados a taxas pós-fixadas, cuja rentabilidade acompanha diretamente a Selic. Isso gera um ambiente atrativo para aplicações mais conservadoras em detrimento de investimento em renda variável exemplo do mercado de .

Além disso, determinados setores da , como o sistema bancário, podem se beneficiar do cenário de juros altos, ampliando suas margens de , especialmente em operações de crédito.

A dualidade da Selic: freio econômico ou oportunidade?

É claro que, de modo geral, seja para as pessoas físicas como jurídicas, o ambiente de juros elevados impõe dificuldades de toda ordem, seja pelo custo do crédito seja pelo eventual desaquecimento da economia. No entanto, como diria o poeta, “tudo é relativo”, e neste sentido há sim setores e agentes econômicos que se podem se favorecem de tal conjuntura, o que reforça a complexidade das decisões de política monetária em um País com as dimensões e desafios do Brasil.

César Cauê Schaeffer Ongaratto – OAB/RS 53943

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