A segunda safra de milho do Brasil, também conhecida como “safrinha”, foi estimada nesta quarta-feira (21) pela Agroconsult em um volume recorde de 112,9 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 10,5% em relação à temporada anterior. O levantamento preliminar, feito na prévia do Rally da Safra, também aponta um crescimento significativo da área plantada: 17,9 milhões de hectares, ou seja, um acréscimo de 6,1% (1 milhão de hectares) frente ao ciclo 2023/24.
Segundo a consultoria, a produtividade estimada é de 105 sacas por hectare, o que representa um incremento de 4,1% em relação ao ciclo anterior. Apesar de ainda não ser a maior produtividade já registrada, os técnicos da Agroconsult afirmam que há um excelente potencial para novos recordes, dependendo das condições climáticas e do desenvolvimento das lavouras nas próximas semanas.
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Safra de milho ganha impulso com clima favorável em estados-chave
A segunda safra de milho é a mais relevante do ciclo anual do grão no Brasil, respondendo por mais de 75% da produção total. A expectativa de uma safra recorde está relacionada a diversos fatores positivos, entre eles o clima mais estável em estados estratégicos como Mato Grosso e Goiás, que já apresentam lavouras bem desenvolvidas. Segundo a Agroconsult, essas regiões têm grandes chances de superar seus próprios recordes de produtividade, caso as condições atuais se mantenham.
André Debastiani, coordenador do Rally da Safra, explicou que, diferente do ano passado, quando a seca afetou severamente Estados como Mato Grosso do Sul, Paraná e São Paulo, a safra atual não tem apresentado perdas significativas em escala nacional. “Mesmo com algumas dificuldades localizadas, como no Oeste do Paraná, as lavouras de milho em geral mostram desempenho bastante positivo”, afirmou.
Produção total de milho pode atingir 140 milhões de toneladas em 2024/25
Somando-se a primeira safra, a Agroconsult projeta que a produção total de milho do Brasil possa atingir 140 milhões de toneladas no ciclo 2024/25, o segundo maior volume da história. O recorde absoluto foi registrado em 2022/23, com 141,8 milhões de toneladas. Esses números reforçam a importância crescente do milho na pauta agrícola e comercial do Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais do grão.
O bom desempenho da safra de milho pode também trazer efeitos positivos para outros setores, como a indústria de ração animal e o setor de biocombustíveis, que dependem fortemente do grão como insumo. Além disso, o aumento da oferta pode contribuir para manter os preços internos sob controle, beneficiando consumidores e indústrias locais.
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Potencial de exportação e impactos econômicos
A safra de milho recorde prevista pela Agroconsult também deve impulsionar as exportações brasileiras. Com a demanda global aquecida, especialmente da China e de outros grandes importadores, o Brasil tem potencial para manter sua posição de destaque no mercado internacional. Em 2023, o país exportou cerca de 55 milhões de toneladas do grão, e há expectativas de que esse volume possa ser mantido ou até mesmo superado.
Esse cenário reforça a importância da logística e da infraestrutura de escoamento, que continuam sendo gargalos para o agronegócio. Investimentos em ferrovias, portos e armazenamento são cruciais para garantir que a produção recorde da safra de milho chegue aos mercados com eficiência e competitividade.
Otimismo e monitoramento constante para a safra de milho
Com o início do Rally da Safra, técnicos da Agroconsult vão percorrer as principais regiões produtoras para verificar as condições das lavouras in loco e ajustar as estimativas conforme os dados de campo. A previsão atual é otimista, mas o acompanhamento constante é essencial, dada a influência de fatores climáticos e técnicos sobre os resultados finais.
A perspectiva de uma safra de milho recorde em 2024/25 consolida o Brasil como um protagonista global na produção de grãos e indica boas oportunidades para o agronegócio nacional, tanto no mercado interno quanto no externo.
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