Os resultados do 2T25 do Santander foram divulgados nesta terça-feira (30) e ficaram abaixo do esperado pelo mercado. O banco reportou lucro líquido ajustado de R$ 3,66 bilhões, queda de 5% na comparação trimestral, com ROE de 16%. A performance ficou 6% abaixo da estimativa do BTG Pactual e 3% inferior ao consenso.
Entre os fatores que pressionaram os resultados do 2T25 do Santander, estão a forte queda no resultado de tesouraria, provisões para crédito mais elevadas e volume de empréstimos menor. O lucro antes dos impostos caiu 11% t/t, enquanto o prejuízo da tesouraria foi de R$ 730 milhões.
Carteira de crédito e inadimplência
A carteira de crédito do banco caiu 1% t/t, com impacto negativo da redução em linhas para PMEs e variação cambial. A inadimplência de 90 dias recuou para 3,1%, mas a de 15 a 90 dias entre PMEs subiu para 2,2%.
As provisões de crédito totalizaram R$ 6,9 bilhões, um avanço de 10% t/t e 21% a/a. O custo do risco subiu para 3,9%. Parte da carteira foi vendida após baixa, gerando R$ 200 milhões em receita.
Receita, despesas e eficiência
Os resultados do 2T25 do Santander mostraram leve crescimento nas receitas com clientes (+2% t/t), enquanto o NII total recuou 6%. As comissões subiram 1%, com desempenho melhor em cartões e consórcios.
As despesas operacionais caíram 2% t/t, e o índice de eficiência melhorou para 36,8% — o melhor nível em três anos. A alíquota de imposto caiu para 10%, favorecendo o lucro líquido.
Avaliação e expectativas
Mesmo com os pontos positivos nos resultados do 2T25 do Santander, o BTG Pactual manteve a recomendação neutra para SANB11, destacando que as ações acumulam queda de 10% em julho. A preocupação com qualidade de crédito e baixo crescimento da carteira deve continuar pesando sobre o desempenho no curto prazo.