Resultados do 1T25 da Magazine Luiza: lucro líquido ajustado é de R$ 13 mi e Luizacred salta 546%

Os resultados do 1T25 da Magazine Luiza mostraram alta de 19% no EBITDA, recorde de margem bruta
resultados do 1T25 da Magazine Luiza

A Magazine Luiza (MGLU3) reportou mais um trimestre com foco na , apesar de um cenário de vendas pressionado, especialmente no canal digital. Os do 1T25 da Magazine Luiza mostraram leve crescimento no GMV total, expansão significativa das margens operacionais e forte desempenho da Luizacred, braço financeiro da empresa.

O GMV total somou R$ 16,05 bilhões, crescimento de 0,2% na comparação anual, mas abaixo da projeção do mercado (R$ 16,52 bilhões). O GMV do caiu 2,3% a/a, com retração de 2,7% no 1P (venda direta) e de 1,8% no 3P (marketplace). Em contrapartida, o SSS (vendas em mesmas lojas) cresceu 7%, evidenciando a recuperação gradual das operações físicas. A receita líquida foi de R$ 9,34 bilhões (+1,5% a/a).

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Margem bruta atinge 30,3% e EBITDA ajustado avança 19%

Mesmo com vendas modestas, os resultados do 1T25 da Magazine Luiza evidenciaram foco absoluto em eficiência operacional. A margem bruta consolidada atingiu 30,3%, aumento de 60bps em relação ao 1T24 e 10bps acima das estimativas dos analistas.

O ajustado (pós-IFRS16) foi de R$ 754 milhões, crescimento de 19% sobre o 1T24 e 2% acima da projeção de mercado. A margem EBITDA ajustada alcançou 8,1%, 120bps superior ao mesmo período do ano anterior. Esse desempenho foi impulsionado pela redução de despesas comerciais e administrativas (SG&A), que representaram 21,9% da receita líquida, queda de 40bps a/a.

As provisões para devedores duvidosos somaram R$ 101 milhões, uma redução de 1% na base anual. O controle dessas provisões, aliado à disciplina de custos, contribuiu diretamente para a geração operacional no período.

Luizacred registra lucro de R$ 84 milhões e inadimplência recua

O maior destaque entre os resultados do 1T25 da Magazine Luiza veio da Luizacred, que alcançou lucro líquido de R$ 84 milhões — salto expressivo frente aos R$ 13 milhões do 1T24 e acima dos R$ 60 milhões projetados. O crescimento foi puxado pela queda de 10% nas provisões, retração de 24% nos custos de financiamento e expansão de 6% nas receitas de intermediação financeira.

O TPV (volume total transacionado) na plataforma financeira foi de R$ 24,5 bilhões (-1% a/a), com destaque para o cartão de , que movimentou R$ 14,4 bilhões (+3%). O portfólio de crédito atingiu R$ 19,9 bilhões (+1,5%). A inadimplência acima de 90 dias caiu de 9,4% para 8,1% em 12 meses, e o índice de cobertura subiu para 162% (vs. 148% no 1T24).

Esses resultados refletem o processo de reestruturação da operação financeira e a priorização da qualidade do crédito em detrimento da expansão a qualquer custo.

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Lucro líquido ajustado é de R$ 13 milhões; fluxo de caixa negativo preocupa

O lucro líquido ajustado consolidado da companhia foi de R$ 13 milhões, abaixo dos R$ 28 milhões registrados no 1T24, mas acima da expectativa de R$ 9 milhões. Já o fluxo de caixa operacional foi negativo em R$ 671 milhões, revertendo o resultado de -R$ 40 milhões no mesmo período do ano anterior. O fluxo de caixa total foi de -R$ 1,2 bilhão, com capex estável em R$ 180 milhões.

O foi impactado por um resultado financeiro negativo de R$ 493 milhões, representando 5,3% da receita líquida — piora de 120bps a/a. Essa pressão é reflexo do elevado custo de capital e da estratégia de financiamento de recebíveis.

Marketplace representa 41% do GMV online; fulfillment ganha espaço

O marketplace (3P) representou 41% do GMV online, mantendo-se estável em relação ao trimestre anterior, mas com ganho de 80bps em relação ao 1T24. O fulfillment — modelo de entrega com operação própria — respondeu por 24% das entregas do marketplace, o que representa uma evolução de 8 pontos percentuais na base anual.

Essa maior participação do fulfillment está alinhada à estratégia da Magazine Luiza de melhorar a experiência do consumidor, reduzir prazos de entrega e aumentar a fidelização da base de clientes do canal digital.

Valuation atrativo com recomendação de compra mantida

Mesmo com o desempenho ainda tímido do e-commerce, o BTG Pactual manteve a recomendação de compra para MGLU3, com preço-alvo de R$ 14,00. A ação era negociada a R$ 9,00 em 08 de maio de 2025, o que representa um potencial de valorização de mais de 55%.

A Magazine Luiza é negociada a 10,7x P/L para 2026, com múltiplos de EV/EBITDA de 4,1x em 2025 e 3,4x em 2026. O ROIC projetado é de 11,4% em 2025, com potencial de expansão para 17,2% até 2027. O valuation atual é considerado atrativo dentro do digital.

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Resultados do 1T25 da Magazine Luiza

Os resultados do 1T25 da Magazine Luiza comprovam a eficácia da estratégia de priorizar rentabilidade em um ambiente macroeconômico ainda adverso. A melhora nas margens, o avanço da Luizacred e a manutenção da disciplina de custos são pontos positivos que sustentam a tese de recuperação gradual da companhia.

Embora o crescimento do GMV e da receita líquida siga limitado, o foco da gestão em eficiência operacional e qualidade dos ativos financeiros se traduz em fundamentos sólidos para os próximos trimestres. O cenário desafiador do varejo digital e o alto custo de capital continuam pesando, mas a Magazine Luiza segue demonstrando capacidade de adaptação e resiliência competitiva.

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