Bom dia, investidor! A segunda-feira começa com o pé no acelerador: temos novidades em petróleo, varejo, logística, educação e petroquímica. O Radar Diário de Ações – 12/05/2025 chega para te colocar à frente do mercado com as atualizações mais quentes das empresas que movimentam a Bolsa. Vamos nessa?
Petróleo & Gás: eficiência, dividendos e cautela
PetroReconcavo (RECV3)
A PetroReconcavo manteve a recomendação de compra mesmo com a redução no preço-alvo de R$25 para R$21, após a revisão da curva de petróleo de longo prazo (US$65/bbl). A companhia segue com uma tese de valor robusta, sustentada por um balanço sólido e resiliência operacional. No 1T25, mostrou execução eficiente e distribuição de JCP, além de manter meta de crescimento de produção de dois dígitos em 2025. O capex foi de R$222 milhões, focado em perfuração e workovers, e 25% da produção já está protegida por hedge a US$65/bbl. Em um ambiente de petróleo moderado, a RECV3 segue sendo uma aposta defensiva, com dividend yield estimado de 40% nos próximos três anos.
Braskem (BRKM5)
A Braskem divulgou resultados em linha com o esperado. O EBITDA recorrente foi de US$226 milhões, uma alta de 137% t/t, mas ainda 2% abaixo a/a. Apesar da melhora sequencial, a companhia continua distante de uma recuperação estrutural no setor petroquímico global. O consumo de caixa foi significativo (-US$550 milhões), e a alavancagem subiu para 7,8x ND/EBITDA. A pressão financeira persiste, com fraca conversão de EBITDA em caixa devido a juros elevados e provisões de Alagoas. A recuperação depende do ciclo global de commodities, ainda sem sinal claro de retomada.
Transporte & Logística: execução disciplinada e foco na queda dos juros
Localiza&Co (RENT3)
A Localiza apresentou resultados levemente acima do esperado no 1T25. A companhia manteve boa execução, com disciplina na precificação mesmo com volume menor. A operação de seminovos ainda gera preocupação devido à alta depreciação, mas a empresa tem priorizado preço em vez de giro. O lucro estimado para 2025 é de R$3,4 bilhões, podendo chegar a R$4,5 bilhões em 2026. RENT3 negocia a 12,5x P/L 2025 e segue como o principal “play” de corte de juros entre as locadoras.
Varejo & Consumo: sinergias e otimização em alta
Arezzo (AZZA3)
A Arezzo surpreendeu positivamente no 1T25 e atualizou sua estratégia com foco em eficiência operacional, preservação de margem e ajuste de capital. Com forte momento de vendas da Farm e boas perspectivas para a Hering, a companhia aposta em produtos acessíveis e sourcing global mais competitivo. As sinergias com a Soma já começaram a aparecer, com redução de estoques e melhora no capital de giro. O preço-alvo foi elevado para R$51 (de R$49), refletindo aumento nas projeções de lucro e EBITDA. Mesmo com valorização recente, as ações ainda têm espaço para alta.
Educação: cogitando fusão de gigantes
Cogna e YDUQS
Rumores de fusão entre Cogna e YDUQS ganharam força. Ambas negociam a múltiplos semelhantes (~4-5x EBITDA 2025), e a operação pode gerar ganhos de escala, corte de custos e melhor precificação no setor. O risco de remédios antitruste, segundo analistas, é limitado. Uma combinação das empresas transformaria o setor de ensino superior privado no Brasil e pode impulsionar valuation das ações.
Financeiro: desempenho sólido com revisões cautelosas
BB Seguridade (BBSE3)
A BBSE3 apresentou lucro líquido ajustado de R$2 bilhões no 1T25, em linha com a SUSEP, mas 5% abaixo das estimativas de mercado. O principal impacto veio de maior sinistralidade em seguros agrícolas. A BrasilPrev, por outro lado, surpreendeu positivamente. O guidance foi mantido e a estimativa de lucro para 2025 é de R$9,1 bilhões. Após valorização de 20% no ano, a recomendação foi rebaixada para neutra. Ainda assim, o dividend yield de ~10% continua atrativo.
Bens de Capital: volatilidade e ajustes pós-resultados
WEG (WEGE3)
Após um 1T25 abaixo das expectativas, a WEG teve corte de 8% nas estimativas de lucro para o ano. As margens continuam pressionadas, e a ação caiu 16% desde os resultados. As novas projeções assumem câmbio de R$5,71/USD, margem EBITDA de 22% e crescimento de receita de 18% em 2025. Apesar do momento fraco, a companhia mantém fundamentos sólidos e uma base financeira forte, com ROIC e ROE acima de 30%. O valuation segue exigente, mas a recuperação pode vir com mudança no mix de produtos e alívio nos custos.
Hidrovias do Brasil (HBSA3)
HBSA surpreendeu no 1T25 com receita líquida de R$541 milhões (+25% a/a) e EBITDA ajustado de R$256 milhões (+53%). O volume cresceu 3% no total, com destaque para o Corredor Sul (+54%), enquanto o Corredor Norte caiu 11%. O terminal de Santos teve alta de 25% no volume, e o capex totalizou R$117 milhões. A alavancagem caiu de 7,0x para 5,9x, mas ainda exige atenção. A companhia segue avançando na reciclagem de capital e em iniciativas de desalavancagem.
Motiva (MOTV3)
Motiva apresentou EBITDA ajustado de R$2,5 bilhões no 1T25 (+14% a/a), superando estimativas em 13%. O lucro líquido ajustado foi de R$539 milhões. Apesar de tráfego estável, o mix tarifário favoreceu o crescimento de receita. A alavancagem subiu para 3,5x e o capex ficou em R$1,4 bilhão. Foram anunciados R$320 milhões em dividendos (payout de 50%). A nova gestão segue focada em eficiência e geração de valor.
Radar Diário de Ações – 12/05/2025: A semana começou
O Radar Diário de Ações – 12/05/2025 reforça que, mesmo com um cenário macroeconômico desafiador, há oportunidades importantes no mercado brasileiro para investidores atentos. Empresas como PetroReconcavo, Localiza, Arezzo e Motiva mostram resiliência e boas práticas de gestão, enquanto o noticiário corporativo continua movimentando o setor financeiro, educacional e industrial. A semana começa com otimismo moderado, e as movimentações estratégicas devem continuar no radar do investidor. Fique ligado, porque cada detalhe importa – e aqui, você não perde nenhum.