Estiagem e queimadas pressionam preços de alimentos nos supermercados
Marcio Milan, vice-presidente institucional da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), alertou que a estiagem e as queimadas recentes devem levar ao aumento nos preços de alimentos nos supermercados já nos próximos dias. Produtos como verduras, legumes, carne bovina, leite, café e açúcar estão entre os itens mais afetados pelos efeitos climáticos adversos. Verduras e legumes, que possuem ciclos de produção mais curtos, podem apresentar variações de preço mais rapidamente nas gôndolas.
Apesar das pressões inflacionárias, Milan mantém uma perspectiva otimista para o setor supermercadista nos próximos meses, sustentada por indicadores macroeconômicos positivos, como a geração de emprego. O consumo de itens de supermercado nos lares brasileiros cresceu 1,16% em agosto de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, acumulando uma alta de 2,54% no ano. A Abras projeta um crescimento de 2,5% para o setor em 2024. Além disso, de janeiro a setembro, foram inauguradas 241 lojas, indicando um mercado em expansão.
Seca no Paraná mantém preços do leite elevados
No Paraná, a seca tem sido um fator determinante para a manutenção dos preços elevados do leite. Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, elaborado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), o valor pago aos produtores permanece em R$ 2,77 por litro de leite entregue à indústria. A expectativa de queda nos preços não se concretizou devido à falta de chuvas que afetou as pastagens após o inverno, comprometendo a alimentação natural dos rebanhos.
Em agosto, as principais regiões produtoras registraram até 60 mm a menos de precipitação do que o esperado. Muitos produtores tiveram que recorrer à suplementação alimentar com ração e silagem, elevando os custos de produção. Essa necessidade de suplementação no cocho prolonga o cenário de preços altos para o setor leiteiro no estado, impactando tanto os produtores quanto os consumidores finais.
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Mercado de batata mantém preços estáveis no Rio Grande do Sul
A cultura da batata segue em desenvolvimento no Rio Grande do Sul, com preços estáveis. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, produtores da região de Passo Fundo estão realizando operações de amontoa e tratamentos fitossanitários preventivos para garantir a sanidade das plantas. A batata rosa está sendo comercializada a R$ 170,00 por saca de 50 quilos, enquanto a batata branca é vendida a R$ 140,00.
Apesar da produção local, o mercado continua recebendo batatas de São Paulo, equilibrando a oferta. Na região de Lajeado, a batata-doce enfrenta um período de entressafra, mas alguns agricultores mantêm a produção ao longo do ano por meio de plantios escalonados. As chuvas excessivas das últimas semanas dificultaram o acesso a algumas áreas e reduziram a área plantada, mas não foram registrados problemas fitossanitários significativos. O preço da batata-doce oscila entre R$ 2,50 e R$ 3,00 por quilo.
Preço do feijão cai 2,86% no Rio Grande do Sul com avanço da semeadura
A semeadura da primeira safra de feijão no Rio Grande do Sul avança de forma diversificada entre as regiões. Nas áreas onde o plantio já começou, como em Ijuí e Soledade, o progresso é significativo, com 61% e 50% da área prevista já semeada, respectivamente. Em Santa Maria, 57% da área foi plantada, enquanto nos Campos de Cima da Serra, principal região produtora, o plantio ainda não iniciou.
As lavouras implantadas apresentam bom desenvolvimento, embora haja preocupação com ventos frios e umidade, que podem aumentar o risco de doenças precoces. A Emater/RS-Ascar projeta o cultivo de 28.896 hectares para a safra 2024/2025, com produtividade estimada em 1.521 kg por hectare. O preço médio da saca de 60 quilos de feijão registrou uma queda de 2,86%, passando de R$ 322,22 para R$ 313,00, o que pode refletir em alívio para o consumidor nos próximos meses.
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Preço do arroz registra leve aumento com início da semeadura no Rio Grande do Sul
A semeadura do arroz no Rio Grande do Sul começou nas regiões Oeste e Centro, impulsionada por condições climáticas favoráveis que alternam entre períodos secos e chuvas moderadas. Isso tem facilitado o preparo do solo e o trânsito de máquinas agrícolas. As temperaturas elevadas e a umidade do solo favorecem uma germinação rápida e uniforme das sementes.
Nas regiões Sul e da Campanha, chuvas intensas nos dias 19 e 20 de setembro interromperam temporariamente o plantio. O Instituto Rio Grandense de Arroz (IRGA) projeta o cultivo de 948.356 hectares, com produtividade estimada em 8.478 kg/ha pela Emater/RS-Ascar. O preço médio da saca de 60 quilos de arroz teve um leve aumento de 0,09%, passando de R$ 114,90 para R$ 115,00. Esse ajuste reflete as expectativas do mercado diante do início da semeadura e das variáveis climáticas que podem influenciar a safra.
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