O preço do frango no atacado da Grande São Paulo registrou em junho uma queda inédita nos últimos 18 anos, influenciada principalmente por um caso de gripe aviária e por restrições comerciais internacionais. Este cenário reverbera no setor avícola, que observa as consequências diretas nas cotações e a recuperação ainda gradual após a re-certificação do país.
Queda recorde do preço do frango e impacto da gripe aviária
O preço do frango no atacado da Grande São Paulo caiu 13,4% em junho, registrando a maior queda dos últimos 18 anos. Essa redução expressiva está relacionada ao surto de gripe aviária detectado recentemente em propriedades brasileiras. Doença altamente contagiosa, a gripe aviária levou as autoridades a adotarem medidas restritivas para controlar sua disseminação.
Uma das principais ações foi a suspensão das exportações de frangos para vários países, afetando diretamente a demanda internacional. Além disso, o consumo interno também foi impactado, pois muitas pessoas ficaram receosas em relação à segurança alimentar.
Essa combinação de fatores gerou um excesso de oferta no mercado nacional, fazendo com que o preço do frango despencasse no atacado. Produtores enfrentam desafios para equilibrar estoque e vendas, enquanto o setor aguarda a normalização das operações internacionais.
Por outro lado, a re-certificação do Brasil como país livre da gripe aviária, prevista para breve, poderá ajudar na recuperação das exportações e na estabilização dos preços. Até lá, a indústria avícola segue atenta aos desdobramentos, buscando minimizar os impactos econômicos dessa crise sanitária.
Perspectivas e desafios do mercado avícola em 2025
O mercado avícola em 2025 enfrenta vários desafios importantes que podem afetar a produção e os preços do frango. Um dos maiores pontos é a necessidade de adaptação às questões sanitárias, como o controle da gripe aviária. Medidas preventivas e monitoramento rigoroso são essenciais para evitar novos surtos.
Além disso, os produtores devem lidar com a pressão por práticas mais sustentáveis. Consumidores e mercados internacionais exigem métodos que reduzam o impacto ambiental e garantam o bem-estar animal. Isso pode aumentar os custos de produção mas traz vantagens para a imagem do setor.
Outro desafio é a volatilidade dos preços no mercado interno e externo. As exportações dependem de acordos comerciais e certificações, que podem mudar com eventos globais. A instabilidade pode exigir estratégias de gestão de risco por parte dos produtores e distribuidores.
Mesmo com essas dificuldades, há perspectivas positivas com o avanço tecnológico. Inovações em genética, alimentação e manejo podem aumentar a eficiência e a qualidade da produção. Investir em tecnologia é uma forma de fortalecer a competitividade do setor no cenário global.