De acordo com dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o preço da gasolina no Brasil ficou mais alto do que o praticado no mercado internacional. O litro do combustível está, em média, R$ 0,11 mais caro no mercado doméstico, o que representa um nível 4% superior ao praticado no exterior, conforme relatório publicado pela Abicom.
“Os preços médios da gasolina operam com diferenciais positivos em todos os polos analisados”, destacou a Abicom.
Por outro lado, o preço do diesel está, em média, 10% mais barato internamente do que no Golfo do México, região usada como parâmetro para a comercialização desses combustíveis pelos importadores brasileiros. O resultado significa uma defasagem de R$ 0,44 por litro do diesel.
De acordo com a Abicom, a defasagem no diesel é maior nos polos operados pela Petrobras, R$ 0,51 abaixo do patamar de paridade com o preço internacional, o que equivale a uma diferença de 12%.
A Refinaria de Mataripe, na Bahia, operada pela Acelen, vendia o diesel 2% mais barato que o preço do Golfo. A gasolina era comercializada com preço 5% superior ao patamar internacional.
A taxa de câmbio Ptax, calculada diariamente pelo Banco Central, opera em um “patamar elevado”, o que “pressiona os preços domésticos dos produtos importados”. Ao mesmo tempo, a oferta de petróleo “apertada” continua a pressionar os preços futuros, destacou a entidade.
O preço de paridade de importação (PPI) foi calculado pela Abicom usando como referência os valores do fechamento do mercado em 12 de outubro.