PIX sistema de pagamentos é destacado pelo economista Paul Krugman como uma inovação que o Brasil criou e que pode representar o futuro do dinheiro digital. O sistema é elogiado por sua simplicidade, abrangência e baixo custo, contrastando com as políticas restritivas e tarifas elevadas dos Estados Unidos neste setor.
Paul Krugman elogia o PIX como sistema eficiente e inclusivo
Paul Krugman, Nobel de Economia, destacou o PIX como um sistema rápido e eficiente de pagamentos no Brasil. O PIX permite transações quase instantâneas, com custos muito baixos para usuários e empresas. Desde seu lançamento em 2020, o PIX conquistou 93% dos adultos brasileiros, substituindo gradualmente o dinheiro em espécie e os cartões tradicionais.
Krugman compara o PIX ao Zelle, sistema americano de pagamentos entre bancos, mas ressalta que o PIX é muito mais fácil de usar e muito mais popular no Brasil. Além disso, o PIX oferece uma solução pública, diferente das plataformas privadas que predominam nos EUA.
O sistema brasileiro ainda ajuda na inclusão financeira, permitindo que pessoas sem conta bancária tenham acesso a pagamentos digitais. A praticidade e rapidez do PIX são grandes vantagens em um país com vasta população e diversos desafios econômicos.
Krugman também destaca os benefícios do sistema, como baixa tarifa nas transações e segurança, tornando o PIX uma alternativa robusta que cumpre o que muitas criptomoedas prometeram, mas sem os riscos associados ao blockchain descentralizado.
Contexto da investigação comercial dos EUA e políticas tarifárias de Trump
Os Estados Unidos, sob o governo de Donald Trump, adotaram políticas comerciais rigorosas contra o Brasil. Recentemente, o país aumentou tarifas sobre produtos brasileiros como parte de uma estratégia para proteger a indústria local. Essas tarifas são parte de uma investigação comercial que tem impacto direto nas relações econômicas entre as duas nações.
Krugman criticou essas medidas, dizendo que elas não têm uma justificativa econômica clara. Segundo ele, essas ações parecem mais um programa de proteção que beneficia interesses políticos do que a economia real.
Além das tarifas, os EUA aprovaram o Genius Act, uma lei para criptomoedas que restringe o desenvolvimento de moedas digitais de bancos centrais, como o possível “real digital” que o Brasil estuda lançar. Essa legislação pode bloquear a inovação e favorecer interesses de grandes instituições financeiras privadas.
Krugman destaca que a oposição à moeda digital pública nos EUA está vinculada a medos sobre privacidade, mas a verdadeira motivação parece ser proteger bancos e indústria financeira. Diferente do Brasil, onde o Banco Central investe em inovações para facilitar pagamentos e inclusão financeira.
Essa disputa reflete uma diferença clara entre o Brasil, que avança em tecnologia financeira com o PIX e planos para a CBDC, e os EUA, que enfrentam barreiras regulatórias e interesses do setor privado que limitam essas inovações.