PIB do Brasil cresce 1,4% no primeiro trimestre de 2025 impulsionado pela agropecuária

O PIB do Brasil cresceu 1,4% no primeiro trimestre de 2025, impulsionado especialmente pelo setor agropecuário, que teve alta de 12,2% no período.
PIB do Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB do ), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, registrou crescimento de 1,4% no primeiro trimestre de 2025 em relação ao último trimestre de 2024. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a expansão foi ainda mais robusta, atingindo 2,9%. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30/05) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo o IBGE, em valores correntes, o PIB do Brasil totalizou R$ 3 trilhões no trimestre. O principal motor desse crescimento foi a agropecuária, responsável por cerca de um quarto do avanço da nacional nos três primeiros meses do ano.

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Agropecuária lidera crescimento

O setor agropecuário apresentou alta expressiva de 12,2% em relação ao trimestre anterior. Esse desempenho é atribuído à maior produtividade de diversas culturas, com destaque para a soja, que teve crescimento anual de 13,3%. Milho (11,8%), (12,2%) e fumo (25,2%) também apresentaram avanços relevantes.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a 2024/25 da soja será recorde, com colheita de 168 milhões de toneladas. Como a colheita ocorre principalmente entre janeiro e maio, o impacto sobre o PIB do Brasil deve se concentrar neste primeiro semestre.

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Setor de serviços avança de forma moderada

Os serviços, que representam cerca de 70% da , tiveram desempenho mais modesto, com alta de 0,3% frente ao quarto trimestre de 2024. Na comparação anual, o crescimento foi de 2,1%.

Dentro do setor de serviços, os destaques ficaram por conta de informação e comunicação, que têm demonstrado crescimento contínuo desde a pandemia, registrando uma expansão de mais de 38% desde 2020.

Consumo das famílias mostra recuperação

O consumo das famílias brasileiras aumentou 1% no primeiro trimestre de 2025 em comparação com o trimestre anterior. Na base anual, o crescimento foi de 2,6%. De acordo com o IBGE, esse avanço se deve a uma combinação de fatores, como a melhora no mercado de trabalho, os programas de transferência de renda e o aumento do às famílias, apesar da ainda elevada.

A inflação sob controle e a melhora gradual da renda real disponível também têm contribuído para o crescimento da demanda interna, refletindo positivamente no desempenho do PIB do Brasil.

Indústria ainda patina

Em contraste com os bons números da agropecuária e o leve avanço dos serviços, a indústria apresentou ligeira retração de 0,1% no primeiro trimestre do ano. No entanto, na comparação com o mesmo período de 2024, houve crescimento de 2,4%.

A performance da indústria tem sido afetada por diversos fatores, incluindo custos elevados de produção, juros altos que inibem , e um ambiente externo com volatilidade, que limita o dinamismo das exportações industriais.

Expectativas para os próximos trimestres

Com os dados do primeiro trimestre, o PIB do Brasil acumula um bom início de ano, mas analistas alertam que o ritmo de crescimento pode desacelerar nos próximos meses. A principal razão é o esgotamento do efeito positivo da colheita de soja, que concentra seu impacto no início do ano.

Além disso, a manutenção da taxa básica de juros em patamares elevados ainda representa um obstáculo ao crescimento mais forte dos investimentos e do consumo privado.

Por outro lado, caso a taxa Selic inicie um novo ciclo de queda ainda em 2025, isso poderá estimular a atividade econômica nos próximos trimestres, especialmente nos setores de comércio, construção civil e indústria de transformação.

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Resultado do PIB reflete força do setor agropecuário

O resultado positivo do PIB do Brasil no primeiro trimestre de 2025 reflete a força do setor agropecuário e a resiliência do consumo das famílias. Com um crescimento de 1,4% no trimestre e 2,9% na base anual, a economia brasileira inicia o ano com dados animadores, embora o cenário ainda exija cautela. O desempenho futuro dependerá de fatores como clima, política monetária e estabilidade fiscal.

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