Peso argentino: Qual o destino da moeda após revisão do regime cambial?

Peso argentino: Qual o destino da moeda após revisão do regime cambial?

Peso argentino inicia novo regime cambial nesta segunda. Entenda como a moeda será negociada, o impacto nos mercados e as projeções dos analistas.
Peso argentino

A segunda-feira começou com um clima de expectativa — e tensão — para operadores, investidores e analistas atentos à economia argentina. A pergunta que não quer calar nas mesas de câmbio e corretoras do país vizinho é: quanto valerá o peso argentino hoje?

Isso porque, a partir desta segunda-feira (14), o país inaugura um novo capítulo em sua política monetária, com a adoção de um regime cambial flexível que permitirá que o peso argentino flutue em uma faixa entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar. Na última sexta-feira (11), o peso havia fechado em 1.074 pesos por dólar. Mas nos mercados paralelos, a cotação já rondava os 1.355 — sinalizando que uma forte desvalorização pode estar a caminho.

Fim dos controles: o peso argentino ganha liberdade, mas perde valor

Com a decisão do governo de remover os rígidos controles cambiais em vigor há mais de seis anos, o peso argentino deixa de ter sua desvalorização artificialmente limitada. Anteriormente, a taxa de câmbio oficial só podia perder até 1% ao mês — o que travava o mercado e impedia ajustes mais realistas frente às condições econômicas.

Agora, os analistas esperam que a moeda abra em queda de até 20%, atingindo o limite superior da nova banda cambial (1.400 pesos por dólar). E esse novo patamar deverá servir como âncora para exportadores, segundo especialistas consultados pela Reuters. “A taxa de câmbio de segunda-feira não será a que permanecerá nas mesas de negociação por muito tempo”, afirmou o economista Damián Di Pace.

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FMI, soja e a missão de recuperar reservas cambiais

A mudança radical na política cambial ocorre logo após a Argentina firmar um acordo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), além de garantir outros empréstimos com credores internacionais. Com esses recursos, o governo busca reforçar o caixa do Banco Central e restaurar a confiança do mercado.

Para os analistas locais, a estratégia do presidente Javier Milei também visa aproveitar a sazonalidade positiva da balança comercial, com o início da colheita da soja — um dos principais produtos de exportação do país. A expectativa é que a entrada de dólares no país ajude a aliviar a pressão cambial e traga mais previsibilidade ao novo modelo de câmbio flutuante.

A aposta no “carry trade” e o risco de volatilidade

Com um peso desvalorizado, mas com juros internos ainda elevados, cresce entre operadores o interesse por estratégias de carry trade — ou seja, tomar empréstimos em moedas estrangeiras para investir em ativos atrelados ao peso argentino. Esse movimento pode atrair capital de curto prazo, mas também aumentar a exposição a volatilidade.

Apesar da cautela generalizada, muitos economistas enxergam a medida como um passo na direção correta. “A flexibilização dos controles é um retorno à normalidade e à confiança na própria moeda”, disse a economista María Castiglioni. Já o analista Salvador di Stefano destacou que o governo tentará manter o dólar mais próximo do limite inferior da banda (1.000 pesos), enquanto acumula reservas.

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O desafio agora é grande: restaurar a estabilidade cambial sem abrir espaço para uma espiral inflacionária — tudo isso com um país que ainda convive com níveis de inflação elevados e um histórico recente de instabilidade fiscal.

O mercado segue atento. E, a depender da reação desta segunda-feira, o peso argentino pode entrar de vez em um novo capítulo — com mais liberdade, mais riscos, e, quem sabe, mais previsibilidade.

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