A Nasdaq tem se destacado nos últimos meses, atingindo patamares históricos com força e consistência. Se você está se perguntando o que está impulsionando esse rali, continue a leitura — trazemos uma explicação clara, leve e técnica do que está acontecendo.
Resultados sólidos da Micron impulsionam a Nasdaq
Uma das principais — e mais recentes — forças por trás da alta da Nasdaq foi a Micron. A fabricante de chips surpreendeu os analistas ao reportar lucro por ação de US$ 1,91 no terceiro trimestre, contra a projeção de US$ 1,60. A receita também superou expectativas, atingindo US$ 9,30 bilhões em vez dos estimados US$ 8,85 bilhões.
Esse desempenho robusto foi especialmente bem-vindo porque representa uma forte retomada da demanda por semicondutores, setor crítico para várias vertentes de tecnologia, incluindo inteligência artificial (IA).
Embora as ações da Micron tenham recuado levemente após o anúncio — o que pode parecer contraditório —, os investidores enxergam o setor como peça-chave para os avanços em IA e data centers, beneficiando todo o índice Nasdaq.
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Nvidia e IA: O grande motor da alta da Nasdaq
Outro pilar do avanço recente foi a Nvidia. Aquela empresa que domina o mundo dos processadores gráficos e que virou sinônimo de IA: suas ações acumularam uma alta de mais de 4% apenas na quarta-feira (25), ao atingir patamares recordes.
Hoje, a alta se estende com forças semelhantes, mantendo a tendência positiva. O mercado entende que a liderança da Nvidia em IA — particularmente com chips voltados para redes neurais — impulsiona toda a Nasdaq, dando sustentação a esse momento histórico.
Expectativas políticas mexem com o mercado
A quente pauta política nos EUA também ganhou destaque: rumores de que Donald Trump pode escolher um novo nome para substituir Jerome Powell à frente do Federal Reserve estão virando manchete. Apesar da autonomia garantida ao Fed pela Suprema Corte, a simples chance de uma mudança no comando já é suficiente para influenciar os mercados.
Por que isso importa para a Nasdaq? Simples: uma eventual troca pode significar mudanças na política de juros nos EUA. E, num cenário em que taxas mais baixas favorecem ações de crescimento — como as de tecnologia —, qualquer sinal de flexibilização já tende a atrair capital para a Nasdaq.
Leitura dos indicadores mais recentes
Combinando os fatores acima — bons resultados da Micron, nova alta da Nvidia e especulações sobre o Fed —, a Nasdaq Composite alcançou nesta quinta-feira (26) a marca de 20.093,65 pontos, estabelecendo um novo recorde histórico.
No mesmo dia, os outros índices também se saíram bem: o S&P 500 avançou 0,59%, atingindo 6.126,66 pontos, e o Dow Jones subiu 0,66%, alcançando 43.279,69 pontos. Isso mostra que, embora a Nasdaq seja o destaque, o otimismo se espalha por toda a bolsa americana.
O rali da Nasdaq chegou para ficar?
É importante lembrar que, apesar dos indicadores positivos — lucros fortes e investimentos em IA —, a Nasdaq ainda enfrenta desafios. O mercado está atento a possíveis restrições à exportação de chips para a China, além de volatilidades ocasionais em meio a resultados corporativos não tão alinhados ao hype de crescimento.
Mesmo assim, a combinação de avanços tecnológicos e sinais de política econômica mais amigável continua a atrair o interesse dos investidores. E isso ajuda a sustentar a narrativa de que a Nasdaq está navegando em águas mais altas que o normal — e talvez continue assim por algum tempo.
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Conclusão
Como vimos, a alta da Nasdaq não é obra do acaso. É resultado de:
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Lucro surpreendente da Micron, mostrando demanda resiliente por chips;
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Nova máxima histórica da Nvidia, refletindo o avanço da IA;
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Rumores sobre possível troca no Federal Reserve, que aquecem esperanças por juros menores.