O minério de ferro despencou para o menor nível em três meses nesta terça-feira, mesmo com o Banco Popular da China (PBoC) cortando a taxa básica de juros em um esforço para estimular o mercado imobiliário em dificuldades. A queda acentuada da commodity, que serve como termômetro da economia global, destaca as preocupações persistentes dos investidores com a demanda por aço no gigante asiático.
Cotações em queda livre
Na bolsa de Cingapura, o contrato futuro do minério de ferro desabava 4,87%, cotado a US$ 121,05 por tonelada. O contrato à vista também registrava queda significativa de 1,91%, a US$ 126,00. Na bolsa chinesa de Dalian, a commodity não se distanciava da tendência negativa, com uma queda de 5,41%, cotada a US$ 126,36.
Medidas de estímulo e corte histórico
O PBoC cortou a taxa básica de empréstimo (LPR) de 5 anos em 15 pontos base (bps), para 3,95%, a primeira redução desde agosto de 2023. A taxa de 1 ano também foi cortada em 5 bps, para 3,45%. O corte de 25 bps na LPR de 5 anos foi o maior desde que a taxa foi introduzida em 2013.
Investidores céticos e demanda por aço incerta
Apesar das medidas de estímulo do governo chinês, os investidores demonstram ceticismo em relação à recuperação robusta da demanda por aço no país. O feriado do Ano Novo Lunar, que geralmente impacta os volumes de negociação, também contribui para a cautela do mercado.
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Setor imobiliário em apuros
A fraqueza do minério de ferro se intensifica mesmo após os bancos chineses terem cortado a taxa de referência para hipotecas em um montante recorde, buscando impulsionar o setor imobiliário, que enfrenta uma crise de endividamento e inadimplência. A gigante Evergrande, por exemplo, figura entre as incorporadoras que lutam para evitar a falência.
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