Milei vai privatizar estatal de saneamento que atende a Grande Buenos Aires

Milei vai privatizar estatal AySA, responsável por água e esgoto em Buenos Aires. A venda de 90% das ações ocorrerá em duas etapas
Milei vai privatizar estatal

Milei vai privatizar estatal de saneamento na Argentina, e a decisão está oficializada. O presidente publicou, nesta quarta-feira (23), o Decreto 494/2025, que autoriza a venda de 90% da AySA (Agua y Saneamientos Argentinos), empresa responsável pelos serviços de água e esgoto na Grande Buenos Aires.

A medida marca mais um passo na agenda liberal de Milei, e o decreto detalha um processo em duas etapas:

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Primeira etapa da privatização da AySA

A primeira fase consiste na abertura de uma licitação nacional e internacional. O objetivo é transferir 51% das ações da estatal a um operador estratégico, com experiência técnica no setor de saneamento.

Segunda etapa foca no mercado de capitais

Na segunda etapa, o restante das será ofertado nos mercados de capitais argentinos, permitindo que privados participem do processo. A intenção do é democratizar o acesso à empresa e atrair mais recursos para o setor.

Segundo o decreto, não haverá novo programa de participação acionária para funcionários, que já possuem 10% da companhia. Isso significa que a classe trabalhadora da empresa não receberá ações adicionais durante a .

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AySA operou com déficit bilionário

Entre 2006 e 2023, a estatal acumulou um déficit de US$ 13,4 bilhões, coberto integralmente com recursos públicos. Para Milei, a privatização é uma forma de reduzir os gastos do Estado e melhorar a eficiência da prestação de serviços essenciais.

“Milei vai privatizar estatal que consome bilhões em subsídios, mas entrega pouco em produtividade”, afirma o decreto publicado no Diário Oficial.

Mudanças regulatórias para viabilizar a venda

Para tornar a privatização possível, o governo modificou o marco regulatório do setor de saneamento, permitindo:

  • Entrada de capital privado na AySA;

  • Venda das ações estatais em bolsa;

  • Corte do fornecimento de água por inadimplência — algo antes proibido.

O decreto também obriga o Ministério da a garantir que a transição para a gestão privada não afete a continuidade dos serviços, nem o acesso da população a água potável e esgoto.

O impacto político e social da privatização

A decisão de que Milei vai privatizar estatal já causa controvérsias. Sindicatos temem demissões em massa e aumento de tarifas. Políticos da oposição classificam a medida como uma “entrega de patrimônio nacional”.

Por outro lado, o governo defende que a privatização é essencial para garantir serviços mais modernos e sustentáveis, num modelo inspirado em países desenvolvidos.

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