Os comerciantes da Rua 25 de Março, em São Paulo, protagonizam protestos contra a investigação comercial anunciada pelos EUA, liderada por Donald Trump, que aponta a região como foco de venda de produtos falsificados. A mobilização revela tensão e opiniões diversas entre vendedores e consumidores sobre o impacto dessas ações.
Protestos na 25 de Março e detalhes da investigação comercial americana
Na sexta-feira (18), cerca de 120 comerciantes da 25 de Março protestaram contra a investigação comercial iniciada pelos Estados Unidos. Eles ocuparam uma faixa da Rua Carlos de Sousa Nazaré e muitos usaram máscaras do presidente Donald Trump durante a manifestação.
O motivo da investigação, anunciada pelo Escritório do Representante de Comércio dos EUA (USTR), é a suposta venda de produtos falsificados na região. O governo americano alega que a 25 de Março é um dos maiores mercados de falsificação do mundo, com mais de mil lojas vendendo artigos piratas, segundo um relatório de janeiro.
Os comerciantes, no entanto, argumentam que muitos produtos são legítimos e que a região é um importante centro comercial, principalmente com produtos importados da China. Eles contestam as alegações e defendem a legalidade de suas lojas, dizendo que somente pontos isolados podem ter irregularidades.
Além disso, o documento do USTR aponta outros aspectos que serão investigados, como tarifas comerciais, práticas anticorrupção e proteção à propriedade intelectual no Brasil, indicando uma preocupação maior dos EUA com o país além da 25 de Março.
Esse conflito comercial acontece em um momento tenso, envolvendo tarifas elevadas impostas pelos EUA ao Brasil e críticas sobre regulamentações, mostrando desafios nas relações bilaterais entre os dois países.