O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) aumentou de 0,50% em junho para 0,83% em julho, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira (7). Este avanço foi impulsionado principalmente pelo aumento nos preços das commodities agrícolas, passagens aéreas e gasolina.
Com o resultado de julho, o IGP-DI acumula alta de 1,95% no ano e de 4,16% nos últimos 12 meses. Em contraste, em julho de 2023, o índice havia registrado uma queda de 0,40%, acumulando uma queda de 7,47% em 12 meses. Este aumento reflete uma recuperação significativa nos preços em relação ao ano anterior.
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IPA: Pressão das Commodities Agrícolas
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 0,93% em julho, em comparação com um aumento de 0,55% em junho. As commodities agrícolas foram as principais responsáveis por este aumento. O grupo de matérias-primas brutas, em particular, acelerou de 0,80% em junho para 1,54% em julho.
Entre as commodities que mais contribuíram para esse aumento estão o minério de ferro, que passou de uma queda de 2,66% para um aumento de 1,34%, os bovinos, que reverteram de uma queda de 2,15% para um aumento de 1,89%, e a mandioca, que reduziu sua queda de 3,89% para 0,79%.
Por outro lado, alguns produtos ajudaram a conter um aumento ainda maior do IPA. A soja desacelerou de um aumento de 2,69% para 0,59%, o café em grão caiu de 11,73% para 5,64%, e o cacau, que havia subido 20,10%, caiu 1,59%.
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Segundo André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, a alta do IPA só não foi mais expressiva devido à retração dos preços de alimentos in natura, especialmente hortaliças, legumes e frutas.
IPC: Aumento nas Passagens Aéreas e Gasolina
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou um aumento de 0,54% em julho, após ter subido 0,22% em junho. Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Os grupos com maior aumento foram:
- Educação, Leitura e Recreação: de -0,75% para +3,48%
- Transportes: de 0,19% para 1,09%
- Habitação: de 0,13% para 0,61%
- Despesas Diversas: de 0,44% para 1,84%
- Comunicação: de -0,08% para 0,11%
Entre os itens que mais contribuíram para esses aumentos estão as passagens aéreas, que subiram de -4,81% para +21,20%, a gasolina, que aumentou de 0,61% para 2,90%, a tarifa de eletricidade residencial, que foi de -0,30% para 2,24%, os serviços bancários, que aumentaram de 0,86% para 3,14%, e as mensalidades de TV por assinatura, que subiram de -0,36% para 1,39%.
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Em contrapartida, três grupos apresentaram quedas nas taxas de variação: Alimentação (de 0,50% para -1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,57% para -0,01%) e Vestuário (de 0,36% para -0,21%). Os principais responsáveis por essas quedas foram hortaliças e legumes (de 1,57% para -11,72%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,44% para -1,03%) e roupas (de 0,33% para -0,40%).
INCC: Estabilidade nos Custos de Construção
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,72% em julho, praticamente estável em relação ao aumento de 0,71% registrado em junho. Os três componentes do INCC apresentaram as seguintes variações:
- Materiais e Equipamentos: de 0,38% para 0,71%
- Serviços: de 0,20% para 0,71%
- Mão de Obra: de 1,23% para 0,74%
O aumento do IGP-DI em julho reflete a pressão contínua das commodities agrícolas sobre os preços ao produtor, bem como os aumentos significativos nos preços de itens como passagens aéreas e gasolina, que impactaram o índice do consumidor. Embora a inflação continue a ser uma preocupação, a retração nos preços de alimentos in natura ajudou a moderar um aumento mais acentuado no índice geral.
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