O processo de fusão entre Petz e Cobasi, duas das maiores varejistas do setor pet no Brasil, ganhou um novo capítulo. O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) solicitou informações adicionais como parte da análise da proposta, sinalizando maior rigor na avaliação dos impactos concorrenciais da operação.
A fusão foi oficialmente anunciada em agosto de 2024 e prevê a incorporação da Petz como subsidiária da Cobasi. Segundo os termos do contrato, os acionistas da Petz ficarão com 52,6% do capital social da nova companhia, enquanto os acionistas da Cobasi deterão 47,4%. Além disso, foi acordado um pagamento em caixa de R$ 400 milhões aos acionistas da Petz, dos quais R$ 130 milhões já foram pagos.
Apesar do pedido do CADE, o cronograma para a decisão final segue entre o fim de setembro e dezembro de 2025. No entanto, a solicitação pode significar que a aprovação ocorra mais para o final deste intervalo.
Impacto no mercado e expectativas
A possível fusão entre Petz e Cobasi pode resultar em importantes sinergias operacionais, maior eficiência logística e racionalização do mercado, atualmente fragmentado e altamente competitivo. O e-commerce, que vem ganhando espaço, continua pressionando a capacidade de precificação das empresas do setor.
Apesar do cenário desafiador, a Petz apresentou melhorias nos últimos trimestres, incluindo expansão da receita líquida e ganhos de margem. A atenção do mercado está voltada para os desdobramentos da fusão, que pode ser um gatilho relevante para valorização das ações.
Contudo, analistas mantêm uma postura cautelosa. A ação PETZ3 é negociada a cerca de 25 vezes o lucro estimado para 2025 (ex-Cobasi), refletindo um ambiente ainda volátil. A recomendação geral segue neutra, aguardando maior clareza sobre os benefícios concretos da transação.
