David Vélez, CEO e fundador do Nubank (ROXO34), movimentou o mercado financeiro ao vender 31 milhões de ações da fintech, arrecadando US$ 404 milhões. Esta transação, que representa aproximadamente 3% de sua participação na empresa, foi registrada na Securities and Exchange Commission (SEC), a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, na quarta-feira (14). A operação ocorre em um momento em que as ações do Nubank acumulam uma valorização superior a 60% ao longo deste ano.
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Mesmo após a venda, Vélez continua a deter uma participação expressiva de 20% na fintech, além de 75% do capital volante. Em entrevista ao Brazil Journal, o CEO revelou que planeja realizar pequenas vendas de ações anualmente, utilizando os recursos obtidos tanto para projetos de filantropia quanto para diversificação de seu portfólio pessoal.
Esta não é a primeira vez que Vélez se desfaz de uma parcela de suas ações na companhia. Em agosto do ano passado, o executivo vendeu 25 milhões de ações por US$ 191 milhões. A recente venda vem apenas um dia após o Nubank divulgar resultados financeiros robustos, demonstrando a força da fintech em um cenário competitivo.
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No segundo trimestre de 2024, o Nubank registrou um lucro líquido ajustado de US$ 562,5 milhões, um crescimento impressionante de 114% em relação ao mesmo período do ano anterior. Os resultados superaram as expectativas do mercado, que previa um lucro de US$ 472,5 milhões para o trimestre, de acordo com dados compilados pela LSEG.
As receitas da empresa também atingiram um novo recorde, chegando a US$ 2,8 bilhões, representando um aumento de 65% em relação ao mesmo período de 2023. Este desempenho extraordinário ressalta a capacidade do Nubank de continuar inovando e capturando uma fatia crescente do mercado financeiro digital, mesmo em um ambiente de desafios econômicos globais.
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A venda de ações por parte de David Vélez pode ser vista sob diferentes óticas. Por um lado, pode indicar a confiança do CEO na saúde financeira da empresa e na continuidade de sua trajetória de crescimento. Por outro, investidores podem interpretar o movimento como uma estratégia pessoal de diversificação, especialmente após o Nubank ter alcançado novas máximas em suas receitas e lucros.
Além disso, a destinação dos recursos para causas filantrópicas demonstra o compromisso de Vélez em retribuir à sociedade, utilizando parte de sua fortuna pessoal para impactar positivamente o mundo. Este gesto reforça a imagem do executivo não apenas como um líder empresarial de sucesso, mas também como um filantropo consciente de seu papel social.
Com o Nubank consolidando sua posição como uma das maiores fintechs do mundo, as expectativas dos investidores permanecem elevadas. A empresa continua a expandir seus serviços e a atrair novos clientes em mercados diversos, solidificando sua presença global e seu modelo de negócios inovador.
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O mercado agora aguarda os próximos passos de Vélez e da fintech, especialmente em um cenário onde a volatilidade e as incertezas econômicas são constantes. A venda de ações, embora significativa, é apenas mais um capítulo na história em construção do Nubank, uma empresa que continua a redefinir o setor financeiro digital.