Você já se perguntou se todo o exportação de café do Brasil leva mesmo só os grãos de melhor qualidade? A verdade é que essa ideia ultrapassada mudou, com normas e fiscalização que garantem um café melhor para os brasileiros e para o mundo.
História e evolução do controle de qualidade do café brasileiro
Até os anos 80, a qualidade do café brasileiro era pouco controlada. O Instituto Brasileiro do Café (IBC) cuidava do preço e da quantidade, mas não fiscalizava direito a qualidade. Isso permitia fraudes, como misturar grãos ruins ou outros ingredientes. Em 1989, o IBC foi extinto e a Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic) passou a fiscalizar o mercado.
A Abic criou o Selo de Pureza, garantindo que os pacotes contenham 100% grãos de café, sem impurezas nem misturas. Para receber o selo, as empresas devem passar por testes rigorosos, como análise microscópica, prova sensorial e auditorias nas fábricas. Isso ajudou a melhorar muito a qualidade do café vendido no Brasil.
O governo também voltou a regular o mercado em 2023, limitando impurezas a 1% nos pacotes de café torrado. Essa regra fortalece ainda mais a fiscalização e protegem o consumidor.
Hoje, menos de 1% do café vendido no Brasil tem impurezas ou fraudes. Essa transformação fez o consumidor brasileiro valorizar mais o café e impulsionou a produção de cafés especiais, que são mais apreciados pelo mundo todo.
O crescimento do mercado interno e exportação do café especial
O mercado interno do café especial no Brasil cresceu bastante nos últimos anos. Em 2015, apenas 1% do café especial produzido era consumido no país. Hoje, esse número já é de 15%, mostrando que mais brasileiros estão apreciando cafés de alta qualidade.
Apesar disso, grande parte do café especial é exportada para países como Europa, EUA, Japão e Coreia do Sul. Esses mercados têm consumidoras com maior poder aquisitivo e valorizam a qualidade dos grãos brasileiros.
Aumentar a qualidade ajudou os produtores a conquistar o mercado externo e criar produtos premiados mundialmente. O selo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) ajuda a identificar esses cafés com grãos 100% maduros e sem defeitos.
Com o investimento na qualidade e fiscalização rigorosa, o Brasil consegue atender a demanda interna crescente e manter a liderança na exportação, reforçando seu papel como principal produtor de café especial no mundo.