O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos avançou 0,4% em agosto, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (11) pelo Departamento do Trabalho. No acumulado de 12 meses, a inflação norte-americana atingiu 2,9%, confirmando a pressão inflacionária sobre a maior economia do mundo.
O resultado veio em linha com as projeções de mercado, que esperavam justamente alta de 0,3% no núcleo e 0,4% no índice cheio. Ainda assim, reforça a percepção de que o processo de desinflação perdeu ritmo no segundo semestre de 2025.
Núcleo do CPI segue pressionado
O chamado núcleo do CPI — que exclui itens mais voláteis, como alimentos e energia — subiu 0,3% em agosto, acumulando alta de 3,1% em 12 meses.
Esses dados estão em linha com as expectativas, mas indicam que a inflação subjacente ainda se mantém acima da meta de 2% do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.
Em julho, o CPI havia avançado 0,2% no mês e 2,7% em um ano, enquanto o núcleo registrou exatamente os mesmos 0,3% e 3,1%, respectivamente.
O que significa o CPI de agosto para o Fed?
Com o CPI de agosto confirmando uma aceleração em relação a julho, investidores passam a questionar se o Federal Reserve terá espaço para iniciar cortes mais agressivos nos juros em 2026, como vinha sendo precificado.
A inflação anual de 2,9% mostra que os preços estão próximos da meta, mas ainda não oferecem total segurança ao Fed para uma guinada na política monetária.
Segundo analistas, a instituição deve manter um tom cauteloso nas próximas reuniões, observando se a pressão nos núcleos inflacionários se mantém ou recua nos meses seguintes.