Coca-Cola açúcar de cana EUA será uma novidade nos Estados Unidos, atendendo a pedido do presidente Donald Trump. A empresa planeja usar açúcar nacional na receita, apesar da dependência histórica do país pela importação do ingrediente, especialmente do Brasil, maior produtor mundial.
Lançamento da Coca-Cola com açúcar de cana nos EUA e implicações comerciais
A Coca-Cola anunciou que vai lançar uma versão do refrigerante feita com açúcar de cana nos Estados Unidos. Essa mudança atende a um pedido direto do presidente Donald Trump, que queria uma receita com açúcar natural em vez do xarope de milho, usado até hoje nos EUA.
Nos Estados Unidos, grande parte do açúcar consumido não é produzido localmente. O país consome cerca de 11 milhões de toneladas por ano, mas só produz aproximadamente 8 milhões. Isso faz com que os EUA precisem importar entre 3 e 5 milhões de toneladas de açúcar anualmente, principalmente do Brasil e do México.
Mesmo assim, a Coca-Cola afirmou que a nova versão do refrigerante será feita com açúcar produzido nos EUA. Isso pode significar que a empresa usará o açúcar local para manter os custos e evitar tarifas altas, já que há um imposto de 50% sobre o açúcar importado em alguns casos.
O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar e o segundo maior fornecedor para os EUA. Com a mudança da Coca-Cola, o mercado brasileiro pode perder espaço no país americano, principalmente devido às tarifas e à preferência por produtos locais.
Além disso, o uso do açúcar de cana não é novidade para a Coca-Cola. Em países como Brasil, México, Reino Unido e Austrália, o refrigerante já é adoçado com esse ingrediente. A novidade agora é a adaptação oficial para o mercado norte-americano, o que pode mexer com o mercado de açúcar e a indústria de bebidas nos EUA.