As recentes mudanças climáticas trazem o retorno da chuva forte, especialmente no Sul e Centro-Oeste do Brasil, elevando o risco de doenças nas lavouras de inverno e impactando atividades agrícolas importantes no período.
Chuvas retornam com instabilidades e aumentam risco de doenças nas lavouras de inverno no Sul e Centro-Oeste
O clima no Brasil tem apresentado variações constantes, e em julho as chuvas voltaram a aparecer, especialmente no Sul e Centro-Oeste. Essas precipitações trazem riscos para as lavouras de inverno, incluindo trigo e milho. A instabilidade do tempo se deve à neutralidade do oceano Pacífico, que não favorece um padrão climático fixo, fazendo as chuvas migrarem de região em região a cada mês.
Entre os impactos mais preocupantes está o aumento no risco de doenças nas plantas, especialmente em regiões como Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O excesso de umidade, causado pelas chuvas frequentes, facilita a proliferação de fungos e outros patógenos que podem comprometer as culturas.
As chuvas recentes afetaram a semeadura e o desenvolvimento do trigo, principal cultura de inverno nessas regiões. No Rio Grande do Sul, apesar do avanço da semeadura, a qualidade das plantações ficou limitada pela quantidade de nuvens e pelo frio intenso de junho. No Paraná, o desenvolvimento do trigo está bom nas áreas dentro do zoneamento agrícola, mas houve perdas nas áreas semeadas antes da data ideal.
Além do Sul, a chuva retornou também para o Centro-Oeste, especialmente no sul do Mato Grosso do Sul, onde a precipitação intensa pode desacelerar a colheita da segunda safra de milho. Até o dia 19 de julho, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estimava que 37% dessa segunda safra já havia sido colhida, mas as chuvas podem dificultar o ritmo.
Já no Sudeste, em estados como São Paulo e Minas Gerais, a chuva foi mais fraca e deve ocorrer principalmente no primeiro fim de semana de agosto. Ainda assim, pode afetar a secagem do café, que é realizada a céu aberto, elevando o risco para a qualidade do grão.
Esses movimentos mostram a importância de acompanhar as condições meteorológicas constantemente. Para os produtores, adaptar as práticas agrícolas e monitorar possíveis doenças nas plantas é essencial para minimizar perdas durante esse período de chuvas irregulares.