O Bradesco (BBDC4) deu início à “semana D” dos grandes bancos ao divulgar um lucro recorrente de R$ 4,7 bilhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), um aumento de 4,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação ao primeiro trimestre, o lucro registrou uma elevação de 12%, superando as expectativas do mercado.
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Resultados Acima das Expectativas
Os resultados do Bradesco ficaram acima do consenso da Bloomberg, que previa um lucro de R$ 4,3 bilhões para o período. A maioria das instituições financeiras esperava uma queda no lucro, mas o banco conseguiu surpreender positivamente. Após enfrentar uma fase difícil, marcada por rentabilidade abaixo da média e aumento nos índices de inadimplência, o Bradesco demonstrou sinais de recuperação já no primeiro trimestre, com redução de despesas e melhora na margem com clientes.
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Principais Contribuições para o Lucro
O Bradesco atribuiu o desempenho do segundo trimestre a vários fatores, incluindo:
- Menores despesas com Provisão para Devedores Duvidosos (PDD)
- Aumento da margem financeira
- Crescimento da receita de serviços
- Resultados positivos das operações de seguros
No entanto, as despesas operacionais aumentaram conforme o esperado, impactadas por provisões cíveis e fiscais, segundo o comunicado do banco.
Comparativo com o Santander Brasil
O Bradesco foi o segundo grande banco a divulgar seus resultados trimestrais, seguindo o Santander Brasil (SANB11), que reportou um lucro líquido ajustado de R$ 3,3 bilhões, representando um aumento de 44,3% em relação ao ano anterior. Apesar disso, o Santander não superou a rentabilidade do Bradesco, que teve um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de 10,8%, comparado ao ROE de 15,5% do Santander.
Melhora nas Margens e Receitas
A margem financeira com clientes do Bradesco aumentou 5% em relação ao trimestre anterior, totalizando R$ 15,2 bilhões, embora tenha registrado uma queda de 8,4% em relação ao ano passado. Essa recuperação foi impulsionada pelo aumento da carteira de crédito e pela mudança no mix de produtos, com maior participação de segmentos de maior spread.
A receita com serviços atingiu R$ 9,3 bilhões, um aumento de 6,4%, superando as expectativas da XP Investimentos, que esperava R$ 4,6 bilhões. O Bradesco destaca que a recuperação gradual da receita foi beneficiada por várias linhas de serviço.
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Inadimplência em Queda
O índice de inadimplência, que mede a capacidade dos clientes de honrar suas dívidas, caiu 0,4 ponto percentual no trimestre e 0,7 ponto percentual no ano, para 4,3%. Em consequência, a PDD recuou 29,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 7,3 bilhões. Essa combinação de recuperação da margem com clientes e queda na PDD resultou em um aumento expressivo da margem líquida, alcançando o maior valor desde o terceiro trimestre de 2022.
Crescimento da Carteira de Crédito
A carteira de crédito expandida do Bradesco somou R$ 912 bilhões, um aumento de 2,5% no trimestre e 5% no ano. No entanto, as despesas operacionais subiram 8,3% em relação ao trimestre anterior e 10,6% em comparação ao ano passado.