Alexandre de Moraes determina bloqueio do X no Brasil

Com a eminente suspensão, Veja as alternativas para se manter informado

Decisão do Supremo Tribunal Federal

Na sexta-feira (30/8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (), ordenou o bloqueio do (antigo Twitter) no . A decisão foi tomada após a rede social, agora de propriedade de , ter ignorado ordens judiciais reiteradas, segundo o ministro. Moraes determinou a suspensão imediata e integral do funcionamento da empresa no território nacional, até que todas as ordens judiciais sejam cumpridas, as multas pagas, e um representante legal da empresa seja indicado no Brasil.

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No início da semana, na quarta-feira (28/8), Moraes havia dado um prazo de 24 horas para que Musk indicasse o representante legal do X no país, sob pena de suspensão da plataforma. A ordem foi divulgada no perfil oficial do STF no X, com Musk marcado na publicação. O prazo terminou no dia seguinte, sem resposta da empresa, resultando na decisão do ministro de suspender o funcionamento da plataforma.

Repercussão e Implicações

A decisão também envolve a Agência Nacional de (Anatel), que foi intimada a suspender o funcionamento do X no Brasil, além das empresas que prestam serviços de internet, para garantir o cumprimento da ordem. Moraes afirmou que o X optou por desrespeitar deliberadamente as decisões judiciais brasileiras, encerrando sua subsidiária no Brasil para evitar a responsabilidade legal.

De acordo com o ministro, a extinção da empresa brasileira foi uma tentativa de ocultar-se do ordenamento jurídico e das decisões do Poder Judiciário. Ele destacou que essa ação foi acompanhada por uma mensagem nas , indicando a intenção de descumprir ordens judiciais brasileiras, especialmente da Suprema Corte. A decisão também inclui uma multa diária de R$ 50 mil para pessoas físicas e jurídicas que tentarem burlar a suspensão usando subterfúgios tecnológicos, como VPNs.

Resposta do X e Ação Judicial

O X, em nota publicada após o prazo estabelecido, afirmou que considerou a ordem de Moraes “ilegal” e que não cumpriria determinações que, segundo eles, violam as leis brasileiras. A empresa também criticou o que chamou de “ameaças” por parte do ministro, incluindo a possibilidade de prisão de sua representante legal no Brasil, e alegou que as de Moraes são uma forma de censura.

O ministro Alexandre de Moraes justificou a decisão com base na recusa do X em cumprir ordens judiciais, o que, segundo ele, demonstra uma atitude de desrespeito ao Estado de Direito. Ele ressaltou que a desobediência judicial é ainda mais grave quando a empresa, ao invés de cumprir as ordens, decide incitar o ódio contra a Suprema Corte por meio de sua plataforma.

Impacto da Decisão

A decisão de bloquear o X no Brasil é vista como uma medida extrema. Esta não é a primeira vez que a Justiça brasileira entra em confronto com as grandes plataformas de tecnologia sobre o cumprimento de ordens judiciais, mas o bloqueio total de uma rede social desse porte é um marco na relação entre o Judiciário e as empresas de tecnologia.

O caso também reflete as tensões crescentes sobre a regulação das no Brasil e a responsabilidade dessas empresas em relação ao conteúdo compartilhado em suas plataformas. O impacto dessa decisão pode ter repercussões significativas, não apenas no Brasil, mas também em outros países que observam de perto a forma como essas questões estão sendo tratadas.

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