A atividade empresarial dos EUA teve crescimento em maio, atingindo o maior patamar em dois meses, segundo os dados do índice PMI composto da S&P Global divulgados nesta quinta-feira (22). Apesar das pressões inflacionárias provocadas pela nova política tarifária do presidente Donald Trump, a expansão na atividade indica resiliência da economia americana.
O índice composto de gerentes de compras (PMI), que agrega os desempenhos dos setores industrial e de serviços, subiu para 52,1 em maio, acima dos 50,6 registrados em abril. Um resultado acima de 50 indica expansão econômica.
Setor de serviços lidera avanço
O setor de serviços, que representa a maior parte da atividade empresarial dos EUA, teve leve alta em seu índice de PMI, subindo de 50,8 em abril para 52,3 em maio. O resultado superou a expectativa dos analistas, que previam 51,0. A indústria também surpreendeu positivamente: o PMI industrial passou de 50,2 para 52,3, contrariando projeções de queda para 49,9.
Esses números sugerem que, apesar dos desafios impostos por tarifas e incertezas comerciais, a atividade empresarial dos EUA segue com dinamismo.
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Tarifas de Trump geram preocupação no setor privado
Desde o “Dia da Libertação” de 2 de abril, o governo Trump anunciou tarifas amplas sobre importações de aço, alumínio, autopeças e outros bens. Embora parte dessas tarifas tenha sido suspensa até julho para permitir negociações bilaterais, os empresários permanecem cautelosos quanto ao futuro.
Em paralelo, um acordo recente entre EUA e China trouxe alívio momentâneo, com redução temporária de tarifas entre os dois países. Ainda assim, analistas apontam que a tarifa efetiva nos EUA é a mais alta desde os anos 1930.
Segundo Chris Williamson, economista-chefe da S&P Global, “a confiança empresarial melhorou em relação à queda de abril, em parte pela pausa nas tarifas elevadas”. No entanto, ele alerta que “o crescimento da produção ainda é modesto, e parte do avanço pode se dever à antecipação de compras antes do retorno das tarifas em agosto”.
Incertezas ainda pesam sobre expectativas futuras
Apesar dos dados positivos para a atividade empresarial dos EUA em maio, as empresas relatam que as tarifas dificultam o planejamento de investimentos futuros. As medidas também impactam as cadeias de suprimentos e aumentam os custos operacionais, o que pode repercutir nos preços ao consumidor e nas decisões de contratação.
Além disso, indicadores de confiança do consumidor mostram deterioração, e as expectativas de inflação de curto prazo continuam em alta, segundo dados paralelos.
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Perspectivas para os próximos meses
Analistas de mercado monitoram de perto os desdobramentos da política comercial do governo Trump e seu impacto sobre a atividade empresarial dos EUA. A preocupação é que, após o fim da pausa tarifária, as medidas protecionistas retornem com força, travando investimentos e afetando o crescimento.
Até lá, o mercado segue atento aos próximos dados de produção, emprego e inflação, que poderão indicar se a atividade empresarial dos EUA manterá a tendência de recuperação ou se as pressões tarifárias provocarão uma nova desaceleração no segundo semestre de 2025.
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