As ações da Vale (VALE3) oferecem um bom equilíbrio entre risco e retorno no momento, com o preço atual do papel refletindo adequadamente os desafios que a empresa enfrenta, segundo analistas do BTG Pactual em relatório divulgado.
Dificuldades e incertezas
A Vale superou uma série de obstáculos nos últimos meses, desde a tentativa do governo de emplacar Guido Mantega como CEO, gerando volatilidade no mercado, até a atual indefinição sobre o futuro comando da empresa.
Dividendo: prudência é a palavra-chave
A alta dívida de US$ 15 bilhões da Vale deve levar a empresa a ser mais cautelosa com a distribuição de dividendos, acreditam os analistas. Eles projetam que a Vale anuncie dividendos mínimos de US$ 2,7 bilhões no curto prazo, o que representa um rendimento decente de 4,6% no semestre.
Dividendos extraordinários: possível no segundo semestre
Para o segundo semestre de 2024, os analistas do BTG Pactual estimam que a Vale possa distribuir dividendos extraordinários de US$ 4 bilhões, resultando em um rendimento de 14,4% em relação ao valor da ação.
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Minério de ferro: estabilidade em meio às turbulências
Apesar das preocupações com a economia da China, o preço do minério de ferro se mantém em níveis saudáveis de US$ 130 por tonelada, com um forte início de ano no Sistema Norte (Carajás).
Recomendação de compra e preço-alvo otimista
O BTG Pactual mantém a recomendação de compra para as ações da Vale negociadas em Nova York (ADR), com um preço-alvo de US$ 19, o que representa uma alta de 39,4% em relação ao fechamento de segunda-feira (19).