As ações da Embraer (EMBR3) lideraram os ganhos no Ibovespa na manhã de quarta-feira (18), após a empresa anunciar a confirmação de dois contratos que elevaram a confiança dos investidores. Às 12h, os papéis subiram cerca de 3,4%, cotados a R$ 72,49, com picos de alta de mais de 4%. Os investidores reagiram positivamente à notícia de um pedido de 60 jatos pela SkyWest Airlines (SKYW), avaliado em US$ 3,6 bilhões, com opção para mais 50 unidades. Entregas previstas a partir de 2027 serão incorporadas ao backlog do segundo trimestre.
A embarque desse pedido de jatos E‑Jets reforça a estratégia da Embraer no segmento regional. “Este pedido nos permite avançar em nossa estratégia de frota de longo prazo e continuar a entregar o principal produto regional da indústria”, destacou Chip Childs, CEO da SkyWest.
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Inovação na mobilidade urbana
A empresa de mobilidade urbana da Embraer, a Eve Air Mobility, também trouxe boas notícias. Foi assinada uma Carta de Intenção de Compra (LOI) com a futura americana Future Flight Global para o fornecimento de até 54 eVTOLs – aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical. O acordo, voltado para operações no Brasil e nos EUA, reforça o posicionamento da Embraer no mercado de mobilidade aérea urbana, diversificando fontes de receita além da aviação tradicional.
Lituânia escolhe o C‑390
Na mesma data, Armazenada para reforçar a performance, outra boa notícia chegou: o Ministério da Defesa da Lituânia selecionou o cargueiro militar C‑390 Millennium da Embraer como sua nova aeronave de transporte militar. Capaz de transportar 26 toneladas, com velocidade de 470 nós e alcance ampliado, o argumento técnico e estratégico convenceu as autoridades. A operação inclui cooperação industrial para manutenção, reparo, revisões (MRO), coprodução de peças e parcerias com institutos de pesquisa locais.
A expansão no mercado de defesa europeu — com adesões já firmadas também por Portugal, Hungria, Holanda e outros países — aponta para uma onda de pedidos adicionais pelo C‑390. Analistas do Bradesco BBI estimam que a Lituânia possa adicionar entre US$ 360 milhões e US$ 720 milhões ao backlog, o que significa um incremento de 1% a 3% sobre o atual backlog de Defesa e Serviços. Com potencial de dezenas de novos contratos da Otan, a valorização da Embraer ganha contornos robustos, com potencial de US$ 5 bilhões a US$ 11 bilhões adicionais.
Impacto nos resultados e recomendação de mercado
Com o pedido da SkyWest e da Lituânia somados, analistas do Itaú BBA prevêem que o backlog da Embraer para o segundo trimestre pode alcançar um novo recorde, superando os US$ 26,4 bilhões de trimestre anterior. O cenário abre espaço para possível valorização das ações da Embraer em até 14%, segundo projeções dos analistas.
O Bradesco BBI reforçou a tese de compra com target em US$ 60 para o final de 2025, enquanto o Itaú BBA sugere US$ 62. Ambos destacam que os contratos assinados — tanto na aviação comercial, quanto na mobilidade urbana e na defesa — consolidam a Embraer como protagonista global em múltiplos segmentos aeronáuticos.
Diversificação, resiliência e expansão
A diversificação da empresa em três frentes — jatos comerciais regionais, eVTOLs para mobilidade urbana e aeronaves militares — dá robustez ao modelo de negócios. O contrato com a SkyWest confirma a competitividade dos E‑Jets, enquanto os eVTOLs da Eve projetam a Embraer na vanguarda da mobilidade vertical. No setor de Defesa, o avanço junto à Otan fortalece a presença internacional da aeronave C‑390 Millennium.
A combinação de grandes pedidos, inovação tecnológica e impacto positivo no backlog sustenta o otimismo com as ações da Embraer, transformando a companhia em uma das principais apostas do mercado brasileiro para os próximos trimestres.
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Analistas mantêm visão de valorização
A convergência de três fatores — o pedido bilionário da SkyWest, a expansão da mobilidade urbana com a Eve e o avanço estratégico para a Otan com o C‑390 — explica o recente rali das ações da Embraer. Analistas mantêm visão de valorização, reforçando a decisão de manter os papéis na carteira de investidores que miram crescimento sustentável, inovação e presença global no longo prazo.