As taxas dos DI fecharam em baixa influenciadas pelo recuo dos rendimentos dos Treasuries no exterior e pelo dólar estável no Brasil, em meio à expectativa por novidades sobre a guerra tarifária entre Brasil e EUA.
Taxas dos DI acompanham queda dos rendimentos dos Treasuries e dólar estável no cenário de incertezas tarifárias
Na terça-feira, as taxas dos DI fecharam em baixa, seguindo a queda dos rendimentos dos Treasuries nos EUA. A taxa para o DI de janeiro de 2027 caiu para 14,255%, ante 14,312% da sessão anterior. Já para janeiro de 2028, a taxa ficou em 13,57%, contra 13,647% anteriormente.
As taxas dos contratos com vencimentos mais longos também recuaram: o DI para janeiro de 2031 fechou em 13,71%, enquanto para 2033 foi de 13,8%. Esses movimentos refletem a forte influência dos títulos americanos sobre o mercado brasileiro.
Durante o dia, as taxas chegaram a crescer um pouco pela manhã, mas a queda dos rendimentos americanas pesou e fez as taxas caírem novamente. O dólar, por sua vez, se manteve estável frente ao real, ajudando a segurar movimentos bruscos no mercado local.
Investidores brasileiros estão atentos à guerra comercial entre Brasil e EUA. A falta de avanços nas negociações gera incertezas e influencia as taxas. A exigência do presidente norte-americano, Donald Trump, envolvendo questões políticas, também cria obstáculos para um acordo rápido.
Além disso, o mercado projeta a Selic mantida em 15% ao ano até o fim de julho, com 98% de chance dessa decisão, segundo dados do mercado. O governo brasileiro divulgou ainda um déficit primário previsto de R$26,3 bilhões para 2025, com bloqueios em despesas para cumprir o teto de gastos.
Os rendimentos do Treasury de 10 anos, referência mundial, caíram para 4,338%, uma baixa de 3 pontos-base. Isso ajuda a explicar a queda nas taxas dos DI no Brasil, uma vez que investidores globais buscam segurança e ajustam suas aplicações com base nesses títulos.
Impacto para os Investidores
Com taxas dos DI mais baixas, os investimentos em renda fixa podem ficar menos atraentes, especialmente para quem busca proteção contra a inflação e ganhos estáveis. Por outro lado, a estabilidade do dólar ajuda a diminuir a volatilidade no mercado cambial.
Fique atento às notícias sobre a guerra tarifária e decisões do Banco Central, pois elas podem impactar diretamente essas taxas e seus investimentos.