Açúcar de cana na Coca-Cola ganha destaque com o lançamento de nova versão do refrigerante nos Estados Unidos, mas enfrenta desafios devido às recentes tarifas de importação americanas que podem encarecer o produto e afetar sua cadeia de suprimentos.
Coca-Cola inova com açúcar de cana e impactos das tarifas americanas nas importações
A Coca-Cola anunciou uma nova versão do refrigerante nos EUA adoçada com açúcar de cana em vez do tradicional xarope de milho. Essa mudança atende a preferências de consumidores que buscam opções mais naturais. No entanto, a novidade poderá elevar o preço do produto por conta das tarifas impostas sobre o açúcar importado.
Os Estados Unidos atualmente produzem cerca de 3,6 milhões de toneladas de açúcar de cana por ano, com metade produzida na Flórida, estado natal de Donald Trump.
O Brasil é o segundo maior fornecedor de açúcar para os EUA, atrás apenas do México. Os americanos importam até 146,6 mil toneladas anuais de açúcar brasileiro sem impostos, mas cargas adicionais estão sujeitas a tarifas de quase 80%.
Além disso, Trump instituiu uma tarifa extra de 50% sobre todos os produtos brasileiros a partir de agosto, afetando o custo de importação do açúcar. Isso pode deixar o açúcar importado mais caro e prejudicar a competitividade do Brasil frente a outros fornecedores, como México e União Europeia.
Muito com as tarifas, o Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, fornecedor para mercados importantes como China, Indonésia e Índia, que consomem muito mais açúcar brasileiro que os EUA.
A troca para o açúcar de cana pode impactar também os custos da Coca-Cola no país, incluindo adaptação da cadeia de produção e alterações nos rótulos dos produtos. Essa decisão reflete uma tendência de inovação, mas vem acompanhada de desafios econômicos e comerciais influenciados pelas políticas tarifárias recentes.