A partir de 21 de julho de 2025, os investidores brasileiros terão acesso direto ao ouro na B3. A bolsa brasileira anunciou o lançamento do Contrato Futuro de Ouro com ticker GLD, visando ampliar o acesso ao mercado do metal precioso por meio de um derivativo mais acessível e padronizado.
Como funciona o novo contrato de ouro na B3
O novo produto terá como referência o LBMA Gold Price, principal índice de precificação global do ouro. Com liquidação exclusivamente financeira e tamanho de 1 onça troy (cerca de 32 gramas), o contrato oferece dinâmica semelhante a um swap e será ajustado diariamente conforme as oscilações de mercado.
A operação segue os moldes dos contratos já conhecidos na B3, como os minicontratos de índice e dólar, permitindo transparência, visibilidade em tela e negociação eletrônica — itens essenciais para investidores iniciantes e experientes.
Público-alvo: de pessoa física a fundos de investimento
Embora o principal foco do lançamento seja o investidor pessoa física, a negociação de ouro na B3 também beneficiará investidores institucionais, como gestoras e fundos de hedge. A estrutura padronizada facilita estratégias de arbitragem internacional e pode servir como instrumento de proteção (hedge) para empresas do setor mineral.
A B3 destacou que empresas de mineração e indústrias que utilizam ouro como insumo poderão usar o contrato para se proteger contra oscilações cambiais e variações do preço do metal no mercado internacional.
Rumo à democratização do acesso ao ouro na B3
Segundo a própria bolsa, o objetivo com o novo contrato é democratizar o acesso ao mercado de ouro, oferecendo uma alternativa segura e nacional a produtos estruturados no exterior ou em mercados não regulados.
A proposta surge em um contexto de forte busca por ativos de proteção, em meio a instabilidades econômicas globais e aumento na demanda por metais preciosos.
B3 amplia papel como plataforma de acesso a derivativos
Com a chegada do ouro na B3, a bolsa reforça sua posição como fornecedora de soluções inovadoras para o investidor brasileiro. O novo derivativo poderá ser usado tanto para especulação quanto como ferramenta de hedge.
A negociação será feita no mercado futuro, com vencimentos e liquidações previamente definidos, permitindo ao investidor escolher o melhor momento para entrar ou sair da posição.