A exploração de petróleo na Foz do Amazonas deu mais um passo nesta segunda-feira (19). O Ibama aprovou o plano da Petrobras para a realização de vistorias e simulações de resgate de fauna oleada como parte do processo de licenciamento ambiental.
Aprovação não significa liberação para perfurar
O plano aprovado é o PPAF (Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada), que visa testar, na prática, a capacidade de resposta da Petrobras em caso de acidentes com derramamento de óleo. Segundo o Ibama, essa aprovação é apenas uma etapa do processo e não representa autorização para iniciar a perfuração exploratória.
A continuidade do processo depende da verificação de campo da viabilidade do Plano de Emergência Individual (PEI), que será testado por meio de uma Avaliação Pré-Operacional (APO).
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Cronograma será definido entre Petrobras e Ibama
De acordo com o próprio Ibama, o cronograma da APO será construído em parceria com a Petrobras. As simulações irão avaliar se a estatal está tecnicamente preparada para lidar com situações de emergência ambiental.
Foz do Amazonas: potencial e controvérsias
A Bacia da Foz do Amazonas fica na Margem Equatorial brasileira e é considerada uma das fronteiras petrolíferas mais promissoras do país. Com características geológicas semelhantes às da Guiana, onde a ExxonMobil já extrai petróleo, a região é alvo de interesse estratégico da Petrobras.
No entanto, o licenciamento é cercado de controvérsias. Em 2023, o Ibama negou o pedido de perfuração por preocupações ambientais e possível impacto sobre comunidades indígenas do Amapá. A Petrobras recorreu, e o processo segue em análise.
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Petróleo na Foz do Amazonas: E o que acontece agora?
Com a aprovação do plano técnico, a Petrobras se aproxima de mais uma etapa crítica no caminho para obter a licença definitiva. A decisão final do Ibama sobre a perfuração ainda não tem data definida.
O caso segue sendo acompanhado de perto por investidores, ambientalistas e comunidades locais, em meio a um debate cada vez mais urgente sobre transição energética e soberania ambiental.