O resultado da Suzano (SUZB3) no terceiro trimestre de 2024 (3T24) apresentou um crescimento expressivo, com destaque para o EBITDA ajustado, que atingiu R$ 6,5 bilhões, um aumento de 77% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita líquida totalizou R$ 12,3 bilhões, impulsionada pelo aumento das vendas de celulose e papel e pela valorização cambial. A empresa Suzano reverteu o prejuízo de R$ 729 milhões do 3T23, alcançando um lucro líquido de R$ 3,2 bilhões.
Destaques Financeiros do Resultado da Suzano
No 3T24, a Suzano registrou um desempenho sólido em seus principais indicadores financeiros. A receita líquida avançou 37% em comparação ao 3T23, totalizando R$ 12,3 bilhões, enquanto a margem EBITDA ajustada foi de 53%, refletindo uma melhora substancial frente aos 41% reportados no mesmo trimestre do ano anterior.
- Receita Líquida: R$ 12,3 bilhões (↑37% vs. 3T23)
- EBITDA Ajustado: R$ 6,5 bilhões (↑77% vs. 3T23)
- Margem EBITDA Ajustada: 53%
- Lucro Líquido: R$ 3,2 bilhões (vs. prejuízo de R$ 729 milhões no 3T23)
O forte desempenho foi impulsionado principalmente pela valorização do dólar, que beneficiou as exportações de celulose e papel da companhia, além da consolidação das operações na nova unidade de Ribas do Rio Pardo, que entrou em operação em julho de 2024.
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Desempenho Operacional
Segmento de Celulose
No resultado da Suzano viu-se a comercialização 2,635 milhões de toneladas de celulose no 3T24, um aumento de 6% em relação ao 3T23. A receita líquida do segmento atingiu R$ 9,8 bilhões, representando uma alta de 48%, impulsionada pela valorização cambial e pelo aumento de 23% no preço médio líquido da celulose no mercado internacional, que chegou a US$ 670 por tonelada.
A nova planta de Ribas do Rio Pardo desempenhou um papel importante no aumento da produção e na diluição dos custos operacionais, reforçando a eficiência da companhia.
Segmento de Papel
As vendas de papel somaram 360 mil toneladas no trimestre, um aumento de 9% em relação ao ano anterior. A receita líquida do segmento foi de R$ 2,4 bilhões, 5% superior ao 3T23. Esse crescimento foi impulsionado pela maior demanda interna e externa, especialmente no segmento de papéis revestidos, que se beneficiou da sazonalidade e de eleições em mercados internacionais.
O preço médio de venda no segmento de papel também registrou leve alta, refletindo uma recuperação gradual do mercado pós-pandemia, consolidando o papel da Suzano como líder no setor.
Custos e Eficiência Operacional
O custo caixa de produção de celulose, sem considerar paradas para manutenção, foi de R$ 863 por tonelada, mantendo-se estável em relação ao ano anterior, mas com um aumento de 4% em comparação ao trimestre anterior, devido ao impacto do aumento nos custos de insumos e energia. Ainda assim, o EBITDA ajustado por tonelada de celulose foi de R$ 2.162, o que representa um aumento de 85% em relação ao 3T23.
Endividamento e Alavancagem
O A dívida líquida da Suzano fechou o trimestre em R$ 70,2 bilhões, uma leve alta em relação ao trimestre anterior. Apesar disso, a alavancagem medida pela relação dívida líquida/EBITDA ajustado caiu para 3,2 vezes em reais e 3,1 vezes em dólares, refletindo a sólida geração de caixa da companhia.
A Suzano também manteve sua estratégia de hedge cambial para proteger suas receitas e operações contra a volatilidade do dólar, mitigando riscos em um cenário global de flutuações cambiais significativas.
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Perspectivas para o Próximo Trimestre
Para o quarto trimestre de 2024, a Suzano espera manter o ritmo de crescimento, especialmente com a consolidação das operações em Ribas do Rio Pardo. A companhia está atenta às condições do mercado de celulose, que enfrenta pressão devido ao aumento da oferta global, mas com expectativas de estabilização a partir de 2025.
A empresa também prevê um aumento na demanda por papel, impulsionado por eventos sazonais e eleições em mercados externos, o que deverá sustentar o crescimento do segmento.
O resultado da Suzano no 3T24 destaca a capacidade da companhia de enfrentar desafios macroeconômicos e manter um crescimento robusto. Com um aumento de 77% no EBITDA ajustado e a reversão de prejuízos para um lucro líquido de R$ 3,2 bilhões, a Suzano reforça sua posição de liderança no setor de celulose e papel. A gestão financeira sólida e o foco na eficiência operacional continuam sendo pilares importantes para o futuro da companhia, que mantém uma perspectiva otimista para os próximos trimestres.