A Azul (AZUL4) confirmou ao mercado que está em negociações com seus principais stakeholders para explorar diversas modalidades de negócio com o objetivo de otimizar sua estrutura de capital. A medida busca reequilibrar a companhia em um cenário de endividamento e forte pressão de mercado. A empresa anunciou que está analisando novas formas de captação de recursos, como o uso do Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC) e a Azul Cargo como garantias, podendo chegar a até US$ 800 milhões.
O comunicado, divulgado na noite de sexta-feira (06), veio em resposta ao pedido da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que solicitou esclarecimentos após a veiculação de notícias na mídia. A Azul reafirmou que, embora as conversas estejam em andamento, ainda não há uma decisão concreta sobre qual modalidade será seguida.
Reação do mercado e ações da Azul
Na segunda-feira (09), as ações da Azul abriram o pregão em alta de 0,90%, sendo cotadas a R$ 4,48. No entanto, após uma mudança de direção, os papéis registraram uma queda de 8,78%, cotados a R$ 4,05 por volta de 12h10. O mercado segue atento às decisões da empresa, especialmente após circular que a companhia estaria considerando um pedido de proteção contra credores para lidar com dívidas de vencimento iminente.
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Azul (AZUL4) acumula queda de 69% em 2024
Com uma queda acumulada de mais de 69% no ano, a Azul tem enfrentado um cenário desafiador, especialmente diante das preocupações dos investidores em relação à sua dívida. A companhia iniciou conversas com detentores de dívida no exterior (bondholders) em busca de novas formas de captação de recursos. Esses movimentos fazem parte da estratégia da empresa para lidar com suas obrigações financeiras, que se tornaram um ponto de preocupação nos últimos meses.
Especulações sobre recuperação judicial
Os rumores sobre uma possível recuperação judicial alarmaram o mercado, especialmente após notícias indicarem que a Azul estaria avaliando diversas opções para enfrentar suas dívidas. A empresa, no entanto, negou ter uma inclinação clara sobre a recuperação judicial e destacou que continua em busca de soluções amigáveis com seus credores.
Essa crise financeira tem sido uma das maiores pressões enfrentadas pela Azul nos últimos anos. O impacto no preço de suas ações reflete o cenário incerto, e as negociações em andamento com stakeholders serão cruciais para definir os rumos da empresa nos próximos meses.
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