Azul (AZUL4) desabam 18%
As ações da Azul (AZUL4) registraram uma queda significativa de até 18% no início das negociações desta segunda-feira (02), após uma série de preocupações relacionadas à dívida da companhia. A informação de que a Azul estaria considerando diversas alternativas para lidar com seus compromissos financeiros, incluindo a possibilidade de um pedido de proteção contra credores, foi suficiente para abalar a confiança dos investidores, que reagiram rapidamente no mercado. A queda expressiva ocorreu mesmo após a empresa ter tentado esclarecer a situação por meio de um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), afirmando que houve uma interpretação equivocada das informações divulgadas.
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Azul Esclarece Situação Financeira e Desperta Alívio Parcial no Mercado
Em meio ao turbilhão de incertezas, a Azul emitiu um comunicado reafirmando seu compromisso com a reestruturação da dívida e destacando que as negociações com seus principais stakeholders estão em andamento. A companhia enfatizou que desenvolveu um novo plano estratégico para melhorar sua estrutura de capital e posição de liquidez. “Os stakeholders estão demonstrando apoio, e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”, afirmou a Azul. A empresa, que possui uma dívida de R$ 18 bilhões com arrendadores, busca soluções que maximizem o valor para todos os envolvidos, favorecendo abordagens amigáveis e comerciais.
BTG Pactual: Alívio Temporário, Mas Preocupações Persistem
Apesar do comunicado da Azul ter gerado algum alívio, especialmente para aqueles temerosos de um pedido de recuperação judicial (Chapter 11), os analistas do BTG Pactual ainda veem riscos significativos à frente. Em relatório, o banco destacou que as explicações da empresa foram um passo positivo, mas que o mercado continua preocupado com o elevado nível de alavancagem da Azul. O BTG revelou que a Azul está em discussões avançadas com seus arrendadores, que representam mais de 90% de sua dívida, sobre a reestruturação do plano de conversão de dívida acordado anteriormente.
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Possível Fusão com a Gol Alerta o Mercado
Outro ponto de atenção no radar dos investidores é a possibilidade de uma fusão entre Azul e Gol (GOLL4). A Azul confirmou que está em conversações com o Grupo Abra, controlador da Gol e Avianca, para explorar potenciais sinergias através de uma possível combinação de negócios. Embora as companhias já operem em conjunto em um sistema de codeshare, nenhum acordo formal ou vinculativo foi firmado até o momento. O BTG Pactual acredita que uma eventual fusão poderia gerar sinergias significativas devido à sobreposição mínima das malhas aéreas, o que potencialmente beneficiaria os acionistas da Azul.
Preocupações com a Dívida da Azul Persistem
Mesmo com as negociações em andamento e as tentativas da empresa de tranquilizar o mercado, as preocupações com a dívida da Azul permanecem no radar dos investidores. A proposta atual da companhia, que envolve quitar a dívida em uma única parcela fixa ao invés de 14 parcelas trimestrais, resultaria em uma diluição acionária maior do que a inicialmente acordada, o que continua a ser uma fonte de incerteza. Além disso, a Azul mencionou a possibilidade de usar a Azul Cargo como garantia para levantar até US$ 800 milhões em caixa, o que poderia fornecer um alívio temporário, mas não resolveria completamente os desafios financeiros de longo prazo.