5 maiores altas e baixas do Ibovespa no 1° semestre de 2024

BRF (BRFS3) Registra Valorização de 64,2% e Embraer (EMBR3) Avança 61,5% em Meio a Cenário Econômico Desafiador
BAnco Central do brasil

O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o primeiro semestre de 2024 em tendência negativa, revertendo o cenário otimista do final do ano passado. A bolsa brasileira acumulou uma queda de -7,66% no ano, pressionada pelo aumento da percepção de risco fiscal no Brasil.

Déficit Fiscal e Incertezas nos EUA Pesam no Ibovespa

As contas públicas apresentaram um déficit primário de R$ 63,9 bilhões em maio, de acordo com dados do Banco Central divulgados na última sexta-feira, 28 de junho. Este valor representa um aumento de +27,4% em relação a maio do ano passado. Além disso, as incertezas quanto ao início de um possível ciclo de cortes nos juros nos EUA contribuíram para a instabilidade do mercado brasileiro. Com o dólar sendo negociado nas máximas em mais de dois anos, alcançando R$ 5,59, a bolsa brasileira sofreu um impacto significativo.

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Destaques do Semestre

O destaque do semestre foram as de frigoríficos. A BRF (BRFS3) registrou uma valorização de 64,2%, superando a alta da fabricante de aeronaves Embraer (EMBR3), que avançou 61,5% no período.

Ranking das 5 Maiores Altas do Ibovespa no Primeiro Semestre:

Empresa Ticker Var. (%)
BRF BRFS3 +64,2%
Embraer EMBR3 +61,5%
JBS JBSS3 +29,6%
Marfrig +27,4%
Cielo +25,4%

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Análise das Maiores Altas

  1. BRF (BRFS3) +64,2% A valorização da BRF pode ser atribuída a uma combinação de fatores macroeconômicos, estratégicos e financeiros. A desvalorização do real frente ao dólar beneficiou os frigoríficos exportadores, enquanto melhores preços do frango e a queda no preço do milho impulsionaram os resultados. A BRF, sob controle da Marfrig (MRFG3), apresentou melhorias significativas na administração e reportou um lucro líquido de R$ 594 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 1 bilhão no 1T23, com uma margem recorde de 16% para um primeiro trimestre.
  2. Embraer (EMBR3) +61,5% A Embraer se beneficiou da alta do dólar, com mais de 90% das vendas realizadas nessa moeda. O volume de pedidos no primeiro semestre foi o maior em oito anos, abrangendo todas as áreas de atuação. A empresa se destaca como alternativa ao duopólio Airbus-Boeing, especialmente após o lançamento do E195-E2, capaz de operar em rotas de até seis horas. A Embraer negociou a 20x lucros e 11x Ebitda, valores acima das médias históricas da bolsa brasileira.
  3. JBS (JBSS3) +29,6% A JBS, maior empresa de proteína animal do mundo, beneficiou-se dos fatores macroeconômicos favoráveis aos frigoríficos. No 1T24, a empresa reverteu um prejuízo de R$ 1,4 bilhão para um lucro líquido de R$ 1,6 bilhão. A perspectiva de aceleração no processo de desalavancagem animou o mercado, mas as ações passaram a negociar a 8x Ebitda.
  4. Marfrig (MRFG3) +27,4% A Marfrig acompanhou a performance da BRF, sendo a maior acionista da companhia. O ciclo do gado nos EUA pressionou os resultados da empresa no país, mas suas margens melhores que seus pares americanos ajudaram a manter a empresa em destaque.
  5. Cielo (CIEL3) +25,4% As ações da Cielo apresentaram forte alta no início do ano, impulsionadas pela oferta pública de aquisição (OPA) lançada pelo Banco do Brasil () e (BBDC4), oferecendo um preço de R$ 5,35 por ação, posteriormente elevado para R$ 5,60.

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Maiores Baixas do Semestre

Ranking das 5 Maiores Baixas do Ibovespa no Primeiro Semestre:

Empresa Ticker Var. (%)
Azul AZUL4 -54,2%
Yduqs YDUQ3 -52,7%
Cogna COGN3 -49,3%
CVC CVCB3 -44,0%
Magazine Luiza -43,9%

Análise das Maiores Baixas

  1. Azul (AZUL4) -54,2% As ações da Azul foram impactadas pela alta do dólar e pelo aumento dos preços do . A empresa possui um passivo quase totalmente dolarizado, e o custo do querosene de aviação impactou significativamente suas finanças.
  2. Yduqs (YDUQ3) -52,7% O setor educacional sofreu com os juros altos e a diminuição das matrículas. A Yduqs, após subir mais de 100% em 2023, caiu mais de 50% em 2024, pressionada por incertezas quanto às políticas de financiamento estudantil.
  3. Cogna (COGN3) -49,3% A Cogna apresentou resultados fracos no 1T24, revertendo um lucro líquido de R$ 50,5 milhões no 1T23 para um prejuízo de R$ 8,5 milhões. Despesas decorrentes de transações com o Grupo Eleva afetaram negativamente os resultados.
  4. CVC (CVCB3) -44,0% A CVC foi impactada pelo câmbio e pelo preço do combustível. Apesar de uma redução de 73% no prejuízo líquido no 1T24, a empresa ainda reportou um resultado negativo de R$ 34 milhões.
  5. Magazine Luiza (MGLU3) -43,9% O Magazine Luiza sofreu com o risco fiscal e as altas taxas de juros, que não permitiram uma recuperação do setor de varejo. A celebração de um acordo estratégico com o AliExpress evitou uma queda ainda maior.

 

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