A WEG (WEGE3) atingiu um marco histórico no setor industrial: tornou-se a maior produtora mundial de motores elétricos de baixa tensão, superando concorrentes europeias tradicionais. A informação foi confirmada pelo relatório de 2025 da Omdia (antiga IHS), principal referência global em participação de mercado no segmento.
Segundo o levantamento, a WEG conquistou a primeira posição com 16% de market share, ultrapassando a suíça ABB, que fechou com 15,5%. O feito é resultado de décadas de expansão internacional, verticalização da produção e foco em tecnologia.
Como a WEG conquistou a liderança mundial
A WEG vinha disputando posição com gigantes globais. Em 2023, sua participação de mercado era de 11,5%, somada a 3,5% da Marathon, controlada pela companhia, totalizando 15%. Já a ABB ainda mantinha 16% e era líder isolada.
O diferencial da empresa brasileira foi sua estratégia de internacionalização, com unidades produtivas na China, México, Estados Unidos e Europa, sempre priorizando produção local para atender ao consumo interno. Essa abordagem reduziu custos logísticos e aumentou a competitividade.
Outro ponto decisivo foi a liderança tecnológica. A WEG mantém investimentos consistentes em inovação, revisando continuamente seu portfólio para atender às necessidades de setores como automotivo, construção civil, energia eólica, óleo e gás e mineração.
Mudanças no ranking global
O ranking da Omdia revelou movimentações importantes entre os maiores players do setor:
-
WEG: 16% de participação, líder global.
-
ABB: 15,5%, após perder a liderança histórica.
-
Innomotics (ex-Siemens): 6,5%, após a venda de operações para private equity.
-
Wolong (China): 7,5%, em ascensão com custos competitivos.
-
Nidec (Japão): 5%, consolidada entre as cinco maiores.
A presença de uma companhia brasileira no topo mostra como o setor deixou de ser dominado exclusivamente por gigantes europeus, que enfrentam custos de produção mais altos e perda de competitividade.
Perspectivas da WEG (WEGE3)
O diretor de motores da WEG, Rodrigo Fumo Fernandes, ressaltou que o avanço da companhia se deve à combinação de escala global e liderança em inovação. Ele destacou que as operações no México e na China foram fundamentais para a conquista da primeira posição no ranking.
Segundo Fernandes, a meta agora é consolidar a liderança com foco em eficiência, inovação digital e sustentabilidade. A WEG também pretende ampliar sua atuação no fornecimento de motores para indústrias ligadas à transição energética, como energia solar, eólica e veículos elétricos.
Impactos no mercado e para investidores
Para analistas, a conquista da liderança mundial fortalece a tese de crescimento das ações WEG (WEGE3) no longo prazo. A companhia já era vista como uma das “blue chips verdes” da B3, por seu potencial de crescimento sustentável e exposição internacional.
No entanto, desafios permanecem no horizonte. A política tarifária dos Estados Unidos sob Donald Trump, por exemplo, pode pressionar margens e limitar a competitividade em mercados-chave. Ainda assim, especialistas avaliam que a diversificação geográfica da WEG reduz riscos e garante maior resiliência.
O marco de se tornar a maior fabricante mundial de motores elétricos de baixa tensão comprova o poder de execução e visão estratégica da WEG (WEGE3). Com presença global, foco em tecnologia e disciplina operacional, a empresa consolida sua posição como líder de mercado e referência em inovação.
A próxima etapa será apresentada no Investor Day, em 3 de outubro, quando a companhia deve detalhar como pretende sustentar a liderança e ampliar sua participação em setores ligados à economia verde.