A WEG (WEGE3) comunicou nesta terça-feira (30) um novo plano de expansão em Santa Catarina, que prevê investimento de aproximadamente R$ 1,1 bilhão até 2028. Do total, R$ 900 milhões serão aplicados na construção de um novo parque fabril, enquanto R$ 160 milhões irão para a ampliação da planta existente em Jaraguá do Sul, cidade-sede da companhia.
Segundo o fato relevante, o novo parque será voltado à produção de equipamentos de grande porte, como compensadores síncronos e turbogeradores, com foco em ampliar o escopo de serviços relacionados a motores, geradores e turbinas hidráulicas. A escolha da localização leva em conta a proximidade do corpo técnico da companhia, a disponibilidade de mão de obra qualificada e a logística favorável, próxima às BRs 101 e 280 e aos principais portos catarinenses.
Já a ampliação em Jaraguá do Sul vai adicionar 11,2 mil m² à área produtiva da unidade Energia, permitindo atender ao crescimento orgânico da demanda pelos produtos já fabricados. “A expansão visa garantir eficiência operacional e dar suporte ao crescimento da companhia”, destacou a empresa no comunicado.
Contexto do mercado
O anúncio acontece em um momento de pressão sobre os papéis WEGE3, que acumulam queda de cerca de 30% em 2025, na contramão do Ibovespa. Entre os fatores de impacto estão a valorização do real frente ao dólar, os resultados abaixo do esperado no segundo trimestre e os efeitos da guerra comercial entre Brasil e Estados Unidos.
Ainda assim, a companhia mantém ritmo intenso de investimentos, tanto no Brasil quanto no exterior. Na semana passada, anunciou aporte de US$ 77 milhões para modernizar sua fábrica de transformadores especiais em Washington (EUA), elevando em 50% a capacidade produtiva. O objetivo é atender segmentos estratégicos como indústria, data centers e infraestrutura elétrica norte-americana.
WEG mantém expansão estratégica
Analistas avaliam que os investimentos confirmam a estratégia da WEG de diversificação geográfica e tecnológica, com foco em consolidar presença em mercados relevantes. Embora o desempenho das ações em 2025 seja negativo, a companhia mantém níveis sólidos de liquidez e rentabilidade, fatores que reforçam sua posição como referência no setor de equipamentos elétricos.