O impacto da tarifa de 50% dos Estados Unidos aos produtos brasileiros desafia a WEG (WEGE3), que já traçou um plano para mitigar esses efeitos. A empresa aposta na reorganização das rotas de exportação e investimentos globais para enfrentar o cenário, apesar das incertezas do mercado.
WEG prepara resposta à tarifa de 50% dos EUA e apresenta resultados do 2T25
A WEG está enfrentando a tarifa de 50% que os Estados Unidos planejam impor aos seus produtos brasileiros. Para isso, a empresa decidiu reorganizar as rotas de exportação. A ideia é vender aos EUA os produtos fabricados em outros países com tarifas mais baixas, como México e Índia. Apenas cerca de um terço do que a WEG vende para os EUA é produzido no Brasil. Isso mostra a força da presença global da empresa, que tem investido muito em fábricas fora do país.
André Rodrigues, diretor financeiro da WEG, explicou que levará alguns meses para que essa estratégia seja implementada. Mesmo assim, ele acredita que a maior parte dos impactos negativos das tarifas poderá ser reduzida com essa medida. Além disso, a WEG já ajustou preços para lidar com a tarifa anterior de 10%, sem causar danos graves ao resultado financeiro.
A empresa apresentou resultados do segundo trimestre de 2025 mostrando um lucro líquido de R$ 1,59 bilhão, com crescimento de 10,4% em relação a 2024. Mesmo assim, o lucro ficou abaixo do que o mercado esperava. Isso ocorreu principalmente por causa da baixa demanda por projetos de ciclo longo, como os de geração eólica.
Essas incertezas nas tarifas dos EUA estão dificultando decisões de novos investimentos e afetando a demanda por equipamentos eletroeletrônicos industriais. Porém, a WEG mantém confiança por sua diversidade geográfica e no portfólio, que ajudam a reagir rápido a mudanças.
O resultado financeiro, a estratégia global e a reorganização das exportações são medidas essenciais para a WEG seguir competitiva neste cenário complexo de comércio internacional e tarifas elevadas.