As vendas no varejo do Brasil avançaram 0,4% em outubro de 2024, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) divulgada pelo IBGE. Apesar de um ritmo mais moderado, o crescimento confirma a trajetória positiva do comércio varejista brasileiro ao longo do ano. No acumulado de 2024, o varejo registra alta de 5%, enquanto o acumulado dos últimos 12 meses apresenta um avanço de 4,4%, marcando 25 meses consecutivos de crescimento nesse indicador.
De acordo com Cristiano Santos, gerente da pesquisa, “o resultado de outubro reflete a resiliência do comércio varejista, que tem renovado patamares recordes na série histórica, mesmo diante de desafios econômicos.”
Desempenho Setorial
Entre os setores avaliados, seis dos oito grupos apresentaram crescimento em outubro. O segmento de móveis e eletrodomésticos liderou a alta, com variação positiva de 7,5%, seguido por equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,7%) e tecidos, vestuário e calçados (1,7%).
Tabela: Desempenho das Vendas no Varejo por Setor (Outubro de 2024)
Setor | Variação Mensal (%) |
---|---|
Móveis e eletrodomésticos | +7,5 |
Equipamentos e material para escritório | +2,7 |
Tecidos, vestuário e calçados | +1,7 |
Combustíveis e lubrificantes | +1,3 |
Hiper, supermercados, produtos alimentícios | +0,3 |
Livros, jornais, revistas e papelaria | +0,3 |
Por outro lado, dois setores apresentaram retração:
- Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: -1,1%.
- Outros artigos de uso pessoal e doméstico: -1,5%.
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Comércio Varejista Ampliado
O comércio varejista ampliado, que inclui as categorias de veículos, motos, peças e materiais de construção, mostrou desempenho ainda mais expressivo. Na comparação com setembro, o varejo ampliado avançou 0,9%, enquanto na comparação anual (com outubro de 2023), o crescimento foi de 8,8%.
Tabela: Desempenho do Comércio Varejista Ampliado (Outubro de 2024)
Setor | Variação Anual (%) |
---|---|
Veículos, motos, partes e peças | +27,4 |
Material de construção | +12,2 |
Atacado de produtos alimentícios | -5,8 |
Segundo o IBGE, os resultados positivos refletem tanto o impacto de promoções no período quanto o aumento na demanda por bens duráveis e materiais de construção, impulsionados pela retomada econômica.
Vendas no Varejo do Brasil: Análise Regional
No recorte regional, as vendas no varejo do Brasil mostraram crescimento em 19 das 27 unidades da federação na comparação mensal. Os destaques positivos foram Roraima (+4,3%), Espírito Santo (+3,1%) e Mato Grosso (+2,1%).
Entre as regiões que registraram retração, Amazonas (-3,0%), Piauí (-1,1%) e Amapá (-1,0%) chamaram atenção com quedas mais significativas.
Tabela: Variação Mensal por Unidade da Federação
UF | Variação Mensal (%) |
---|---|
Roraima | +4,3 |
Espírito Santo | +3,1 |
Mato Grosso | +2,1 |
Amazonas | -3,0 |
Piauí | -1,1 |
Amapá | -1,0 |
No comércio varejista ampliado, 22 estados registraram resultados positivos, com Tocantins (+4,6%) e Rondônia (+3,6%) entre os maiores crescimentos.
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Comparação Anual
Na comparação com outubro de 2023, as vendas no varejo do Brasil cresceram 6,5%, com sete dos oito setores apresentando alta. O destaque ficou para artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, que avançaram 16,1%, registrando o 20º mês consecutivo de crescimento.
Outros setores com desempenhos significativos incluem:
- Móveis e eletrodomésticos: +9,9%.
- Tecidos, vestuário e calçados: +7,9%.
- Equipamentos de escritório e informática: +6,3%.
Por outro lado, livros, jornais, revistas e papelaria registraram retração de -9,3%, refletindo uma demanda reduzida por produtos físicos em meio à digitalização.
Expectativas para o Varejo
O desempenho positivo das vendas no varejo do Brasil ao longo de 2024 confirma a recuperação do setor, que mantém alta acumulada de 5% no ano. Analistas apontam que o varejo deve encerrar o ano com números sólidos, impulsionado pelas promoções de fim de ano e pela continuidade do crescimento do consumo de bens duráveis.
Com a próxima divulgação da PMC agendada para 9 de janeiro de 2025, espera-se que os resultados de novembro reforcem o cenário de aquecimento do comércio varejista nacional.
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