A imagem que muita gente tem do Vaticano é a de uma cidade-estado religiosa, voltada para a espiritualidade, peregrinação e diplomacia. Mas, por trás das basílicas, do incenso e dos vitrais, existe uma face pouco conhecida: o Vaticano é, proporcionalmente, o país com mais investidores por habitante do mundo. Literalmente.
Com apenas 882 moradores, o microestado abriga quatro profissionais certificados com o cobiçado título de CFA (Chartered Financial Analyst). Isso dá ao Vaticano uma densidade de 1 CFA para cada 220 habitantes — um número que deixa para trás qualquer outra nação do planeta, incluindo potências como EUA, Reino Unido e Suíça. Por isso, proporcionalmente, o Vaticano é o país com mais investidores em todo o mundo.
O que é um CFA e por que isso importa?
O CFA não é apenas mais uma sigla no universo financeiro. Trata-se de uma certificação altamente seletiva, comparável a um doutorado prático em investimentos, finanças corporativas e ética profissional. Ser um CFA é como carregar um selo de excelência global em análise financeira, e é comum encontrar esses profissionais em gestoras de fundos, bancos centrais e consultorias de alto nível.
O curioso é que um país tão pequeno tenha uma concentração tão significativa desses especialistas. Mas não para por aí.
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Vaticano lidera em terminais Bloomberg
Outro dado surpreendente é que o Vaticano também é o líder mundial em terminais Bloomberg per capita. Esses terminais são plataformas caríssimas e completas usadas por profissionais para acompanhar dados financeiros em tempo real, realizar análises, simular cenários e operar mercados globais.
Com 17 unidades funcionando dentro de um país com menos de mil habitantes, o Vaticano possui quatro vezes mais terminais por pessoa do que Luxemburgo, conhecido como paraíso financeiro europeu. Em termos práticos, isso significa que o microestado é uma verdadeira central de informação e estratégia no mercado financeiro.
Finanças fazem parte do dia a dia no Vaticano
Não é por acaso que cerca de 12% da população vaticana atua diretamente no setor financeiro. Esse é um número altíssimo se comparado a qualquer outro país. Para efeito de comparação, nos Estados Unidos esse percentual gira em torno de 6%. Isso mostra que, por trás do aparato religioso, o Vaticano também opera como um centro sofisticado de gestão econômica e investimento.
A estrutura financeira do Vaticano inclui gestão de ativos, monitoramento de doações globais, participações em fundos internacionais e apoio a instituições católicas pelo mundo. O profissionalismo exigido para cuidar dessas tarefas explica por que é essencial contar com especialistas de alto calibre.
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Vaticano é o país com mais investidores: Pequeno no mapa, gigante nas finanças
O caso do Vaticano mostra como não se deve subestimar um país pelo seu tamanho geográfico. Apesar de sua área diminuta e população enxuta, o microestado se destaca globalmente pela qualidade e densidade de seus profissionais financeiros.
Ao liderar o ranking de CFA e terminais Bloomberg per capita, mesmo sendo o menor país do planeta, o Vaticano é o país com mais investidores por habitante no mundo. Um lembrete silencioso de que a competência, a organização e o acesso à informação são os verdadeiros ativos de valor.