A Vale (VALE3), em conjunto com as mineradoras BHP e Samarco, confirmou a apresentação de uma nova proposta de R$ 140 bilhões para um acordo de reparação pelo desastre da barragem de Mariana, ocorrido em 2015. Esta proposta foi submetida ao Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) e inclui diversos componentes financeiros para atender às demandas de reparação e compensação decorrentes do rompimento da barragem.
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Detalhes da Proposta da Vale (VALE3)
A proposta de R$ 140 bilhões inclui:
- R$ 37 bilhões já investidos em reparação e compensação.
- R$ 82 bilhões em dinheiro, pagáveis em 20 anos, destinados ao governo federal, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios afetados.
- R$ 21 bilhões em obrigações adicionais a serem cumpridas pela Samarco, Vale e BHP.
Segundo a Vale, os valores propostos refletem a participação de 50% da BHP Brasil e da Vale como devedores secundários, caso a Samarco não consiga financiar suas obrigações como devedor primário.
Histórico e Contexto
O rompimento da barragem de Fundão, operada pela Samarco, resultou na morte de 19 pessoas, desalojou centenas de moradores e causou danos ambientais significativos ao longo do rio Doce até o litoral do Espírito Santo. Desde então, a Samarco, Vale e BHP têm enfrentado ações judiciais e exigências de reparação.
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Reações e Expectativas
As reações à nova proposta são variadas. Analistas financeiros, como os do Itaú BBA, veem a oferta como positiva, pois pode representar a resolução de uma pendência significativa para as ações da Vale. No entanto, há ceticismo quanto à capacidade financeira da Samarco de arcar com a sua parte do acordo.
O procurador-geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, expressou insatisfação com o valor proposto, afirmando que espera um acordo mais elevado, sugerindo um total de pelo menos R$ 100 bilhões em novos pagamentos.