O uso de sebo bovino na produção de biodiesel no Brasil está prestes a aumentar, uma vez que a demanda interna começa a compensar a queda das exportações para os EUA. As novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos afetam significativamente o setor, tornando necessário adaptar as estratégias de venda e produção.
Aumento do uso de sebo bovino no Brasil
Nos últimos meses, o uso de sebo bovino no Brasil tem aumentado significativamente. De janeiro a julho, as exportações de sebo cresceram para 290,8 mil toneladas. Isso mostra um aumento importante nas vendas e um forte interesse por esse produto, especialmente devido à alta demanda pelos Estados Unidos.
A demanda interna também está em ascensão. Com novas oportunidades no mercado de biodiesel, mais empresas estão começando a usar sebo bovino como uma matéria-prima. Esse movimento pode ajudar a equilibrar a queda nas exportações para os EUA, já que as tarifas estão tornando mais difícil vender lá. Frigoríficos e empresas de biodiesel estão se adaptando para aproveitar essas novas condições.
Oportunidades no Mercado de Biodiesel
A produção de biodiesel no Brasil utiliza 75% de soja, mas o sebo bovino pode complementar essa base. Utilizar sebo é uma forma de diversificação, beneficiando os produtores rurais. O governo está apoiando essas iniciativas e incentivando o uso mais amplo de alternativas sustentáveis. Isso traz um novo foco para os recursos que os frigoríficos têm à disposição.
Além disso, com as novas tarifas impostas pelos EUA, muitos produtores estão buscando novos mercados. Então, o crescimento do uso de sebo bovino pode levar a mudanças significativas na forma como o Brasil exporta e gera receita. As empresas estão explorando novas possibilidades de compra e venda em locais mais próximos, o que pode aumentar as vendas internas e externas.
Impactos das tarifas de importação sobre exportações
As tarifas de importação impostas pelos EUA têm um grande impacto nas exportações brasileiras. Recentemente, uma tarifa de 50% sobre produtos, incluindo o sebo bovino, foi aplicada. Isso torna as exportações mais caras e menos competitivas. Por isso, muitas empresas brasileiras precisam se adaptar rapidamente.
Com essas tarifas elevadas, o mercado dos EUA torna-se menos acessível para o sebo bovino brasileiro. Em 2024, quase 91% do sebo exportado foi enviado para os EUA. Agora, com as tarifas, produtores locais estão buscando alternativas para compensar essa queda nas vendas.
Novas Estratégias de Exportação
Para enfrentar o impacto, os exportadores estão desenvolvendo novas estratégias. Um plano é enviar sebo bovino para países vizinhos. Esses países poderiam, então, reexportar o produto para os EUA. Essa tática é uma maneira de contornar as tarifas, tornando as vendas mais viáveis.
Além disso, a demanda interna no Brasil pode ajudar a suavizar os efeitos das tarifas. Com o aumento do uso do sebo na produção de biodiesel, as empresas estão se preparando para atender o mercado local. Assim, conseguem enfrentar melhor a redução das exportações devido às tarifas.