A política de tarifas severas à Rússia volta a entrar em evidência com a recente ameaça do presidente Trump de reduzir o prazo para imposição dessas tarifas, caso não haja cessar-fogo na Ucrânia. Essa movimentação sinaliza um endurecimento da postura dos EUA no conflito e pode impactar diretamente as relações comerciais entre os dois países.
Política de tarifas e sanções dos EUA à Rússia
Os Estados Unidos vêm aplicando tarifas e sanções rigorosas contra a Rússia desde o começo da guerra na Ucrânia, em março de 2022. Essas medidas têm o objetivo de pressionar Moscou a encerrar o conflito.
Recentemente, o presidente Trump ameaçou impor um aumento de tarifas que pode chegar a 100% sobre os produtos russos. Esse aumento aconteceria caso a Rússia não aceite um cessar-fogo em até 50 dias. A Casa Branca confirmou essa taxa elevada, que representa um grande impacto para o comércio entre os dois países.
Apesar das sanções, o comércio entre EUA e Rússia ainda movimentou cerca de US$ 3,5 bilhões em 2024. Entre os produtos trocados estão fertilizantes, metais e até combustível nuclear.
Essas tarifas severas são vistas como uma forma de forçar negociações e aumentar a pressão econômica sobre o governo russo. A União Europeia também apoia uma postura firme, mas considera o prazo de 50 dias um intervalo muito longo, dadas as mortes de civis.
Envio de armas e mudanças na postura de Trump sobre Ucrânia
O presidente Trump anunciou o envio de uma nova leva de armas para as tropas ucranianas. Isso marca uma retomada do apoio militar dos EUA a Kiev após um período de tensões políticas.
Um dos destaques é o envio dos sistemas antimísseis Patriot. Cada sistema custa cerca de US$ 3 milhões e é considerado o mais avançado do mundo.
O Patriot ajuda a defender a Ucrânia atacando mísseis e drones russos no ar. Trump também revelou que baterias para lançamento do sistema serão enviadas via OTAN, agilizando o uso dessas armas no campo de batalha.
Desde o começo de 2025, Trump teve um roteiro complicado. Inicialmente, ele tentou um acordo com Putin sem a presença da Ucrânia. Mas agora, sua postura mudou, ficando mais crítica em relação ao governo russo.
Ele chegou a criticar bombardeios russos e chamou Putin de inútil recentemente. A mudança mostra maior apoio à Ucrânia e maior pressão sobre Moscou para buscar um cessar-fogo.