Na última sexta-feira, os títulos internacionais denominados em dólares da Argentina continuaram sua tendência de ganhos, com as emissões de 2029 e 2030 se aproximando ou atingindo preços recordes.
Os investidores demonstraram otimismo em relação à administração do presidente Javier Milei, que assumiu o cargo em dezembro do ano anterior. Desde então, os títulos se recuperaram significativamente, subindo cerca de 60% desde a eleição de Milei em 19 de novembro.
Analistas do JPMorgan expressaram confiança na consolidação dos níveis recentes, apesar da possibilidade de volatilidade devido às negociações políticas em curso. Milei tem priorizado medidas de austeridade, resultando no primeiro excedente fiscal mensal da Argentina em mais de uma década, registrado em janeiro.
Embora os investidores estejam satisfeitos com a direção econômica do país, desafios persistem, incluindo a falta de recursos enfrentada pelos governadores regionais e as preocupações dos sindicatos com a pobreza.
O JPMorgan destacou a importância de um possível acordo político e sugeriu que mais assistência do Fundo Monetário Internacional poderia fortalecer a recuperação econômica argentina.
Em setembro de 2020, a Argentina emitiu seis novos Eurobonds em dólares americanos como parte de uma reestruturação de cerca de 65 bilhões de dólares em dívidas. Os títulos, com vencimentos em 2029, 2030, 2035, 2038, 2041 e 2046, substituíram uma série anterior que incluía uma nota de 100 anos com vencimento em 2117.
Embora os novos títulos tenham enfrentado desafios desde sua emissão, os recentes ganhos indicam uma possível estabilidade econômica no horizonte argentino, impulsionada pela política fiscal de Milei.