O Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão de títulos no mercado internacional neste ano, dando continuidade à sua estratégia de fortalecer a presença do Brasil no mercado externo. A emissão foi divulgada nesta terça-feira, 18 de fevereiro, e envolverá papéis denominados em dólares, com vencimento em 2035. A operação será conduzida pelos bancos Bradesco, JP Morgan e Morgan Stanley, seguindo o modelo adotado pelo governo nos últimos anos.
A decisão de emitir novos títulos faz parte do plano do governo para ampliar a liquidez da curva de juros soberana em dólar. O Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão com o objetivo de fornecer uma referência para o setor corporativo, permitindo que empresas brasileiras tenham um parâmetro mais sólido para suas próprias captações no exterior. Além disso, a antecipação do financiamento de vencimentos futuros da dívida externa fortalece a sustentabilidade fiscal do país.
O initial price talk, que é a referência inicial de preço para medir o interesse dos investidores, foi estabelecido em 7,05%, conforme informações do serviço IFR. Esse patamar foi confirmado por fontes próximas à operação, reforçando que a demanda pelo papel está dentro das expectativas do governo.
“O Tesouro Nacional informa que concedeu mandato para emissão de títulos em dólares no mercado internacional. Será realizada a emissão um novo benchmark de 10 anos, com vencimento em 2035. O objetivo da operação é dar continuidade à estratégia do Tesouro Nacional de promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo, provendo referência para o setor corporativo, e antecipar financiamento de vencimentos em moeda estrangeira.”
Dívida pública e estratégia do Tesouro
Os títulos públicos emitidos pelo Brasil em moeda estrangeira representam uma pequena fatia da dívida pública total. Em 2024, essa participação foi de 4,76%, sendo quase toda referente a emissões soberanas. O Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão com a meta de manter essa fatia entre 3% e 7% do total da dívida pública em 2025, conforme definido no Plano Anual de Financiamento (PAF).
Além disso, em maio de 2024, o governo solicitou ao Senado uma ampliação do limite máximo de emissões externas de 75 bilhões de dólares para 125 bilhões de dólares. Segundo o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, esse aumento permitirá expandir as emissões de títulos sustentáveis, dentro de um cronograma de 10 a 15 anos.
A última vez que o governo realizou uma emissão externa foi em junho de 2024, levantando 2 bilhões de dólares com títulos sustentáveis. Agora, o Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão tradicional do ano, buscando garantir melhores condições para futuras captações e consolidar o posicionamento do Brasil nos mercados internacionais.
Melhora do risco-país impulsiona emissão
A emissão ocorre em um momento de melhora da percepção de risco do Brasil no exterior. O Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, um dos principais indicadores de risco-país, caiu mais de 20% no acumulado do ano, sinalizando um aumento na confiança dos investidores internacionais.
Esse movimento positivo acontece após uma forte deterioração registrada em dezembro de 2024, quando:
- Houve preocupações fiscais internas que afetaram a confiança dos mercados.
- Incertezas no cenário global, especialmente com a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, geraram instabilidade nos ativos brasileiros.
Agora, com um ambiente mais estável, o Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão com o objetivo de aproveitar o momento favorável e garantir uma melhor precificação para seus papéis no mercado externo.
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Impacto da emissão na política cambial
Apesar do aumento na captação externa, o governo tem reforçado que não pretende utilizar essa emissão como instrumento para influenciar a taxa de câmbio. O subsecretário da Dívida Pública do Tesouro, Daniel Leal, destacou recentemente que as emissões externas são parte da estratégia de financiamento da dívida e não têm como objetivo interferir diretamente no mercado cambial.
O Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão sem impacto direto na cotação do dólar ou nos fluxos de capital estrangeiro. O foco está na manutenção da sustentabilidade da dívida pública e na estruturação de um perfil de endividamento mais equilibrado, garantindo previsibilidade ao mercado e aos investidores.
Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão
O Tesouro Nacional anuncia 1ª emissão de títulos no mercado internacional em 2025, reforçando sua estratégia de ampliar a liquidez dos títulos brasileiros em dólar e antecipar vencimentos da dívida externa. A operação ocorre em um cenário de redução do risco-país, com o CDS de cinco anos do Brasil caindo mais de 20%, o que reflete um aumento na confiança dos investidores estrangeiros.
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Mesmo com desafios no cenário global, essa emissão segue a estratégia do governo de manter os títulos cambiais dentro da meta de 3% a 7% da dívida total, garantindo estabilidade fiscal e atraindo novos investidores. Dessa forma, o Brasil fortalece sua presença no mercado externo e oferece novas oportunidades para captações futuras.