O Tesouro Direto surpreendeu no primeiro semestre de 2025 com títulos de renda fixa que superaram a média de retorno de 7,62%. Entre eles, o Tesouro Renda+ 2065 se destacou, alcançando uma valorização de 14,36%, impulsionada pela queda das taxas de juros e expectativas sobre a Selic.
Tesouro Direto registra maiores e menores rendimentos no 1S25
O Tesouro Direto apresentou variações importantes nos rendimentos dos títulos públicos no primeiro semestre de 2025. No geral, os títulos do governo renderam uma média de 7,62%, de acordo com o IMA-Geral da Anbima, que acompanha o desempenho desses ativos.
Dentre os títulos que mais se valorizaram, destaque para o Tesouro Renda+ 2065, que teve um retorno de 14,36% entre janeiro e junho. Esse título é pensado para quem busca uma aposentadoria tranquila, já que oferece rentabilidade real, ou seja, acima da inflação ao longo do tempo.
Outros títulos que também renderam acima de 10% são: Tesouro Renda+ 2050 (13,88%), Tesouro Renda+ 2055 (13,86%), Tesouro Renda+ 2060 (13,51%), Tesouro Renda+ 2045 (12,44%) e o Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2035 (10,80%). Esses números mostram o potencial de valorização dos títulos indexados à inflação quando as taxas de juros recuam.
Na outra ponta, os títulos com os menores rendimentos foram os do grupo Tesouro Educa+, desenvolvidos para ajudar no planejamento financeiro da educação dos filhos. Eles tiveram retornos entre 5,74% e 5,86%, como o Tesouro Educa+ 2039 (5,74%) e o Tesouro Educa+ 2026 (5,86%).
Essa diferença nos retornos acontece porque alguns títulos são mais sensíveis às mudanças nas taxas de juros e inflação. Os títulos que vencem mais longe no tempo ou são indexados ao IPCA tendem a mostrar maior valorização quando as taxas caem.
Entender essas variações ajuda os investidores a escolherem os títulos que mais combinam com seus objetivos financeiros, seja para garantir uma aposentadoria confortável ou para proteger o dinheiro dos filhos no futuro.
Perfis e preferências dos investidores no Tesouro Direto em 2025
Em 2025, o perfil dos investidores do Tesouro Direto está diversificado, com foco em segurança e rentabilidade. No primeiro semestre, havia R$ 180,4 bilhões aplicados, um aumento de 14,9% em relação a 2024. O número de investidores ativos chegou a 3,04 milhões, com um crescimento de 1% no período.
Apesar do crescimento, o título mais comprado em junho foi o Tesouro Selic, que corresponde a 55,9% das vendas do mês, totalizando R$ 3,2 bilhões em investimentos. Esse título é preferido por quem busca liquidez e menor risco.
Já os títulos Tesouro Renda+, que oferecem rentabilidade atrelada à inflação e prometem ganhos maiores no longo prazo, ainda representam uma parcela menor, com 6,2% das compras em junho. Eles atraem quem pensa em aposentadoria e quer proteção contra a inflação.
O número expressivo de operações – 766.019 no mês de junho – mostra o interesse dos investidores tanto em títulos de curto prazo quanto em opções para o futuro. O saldo líquido do mês foi positivo em R$ 2,84 bilhões, resultado de R$ 5,77 bilhões em compras contra R$ 2,92 bilhões em resgates.
Esse cenário indica que os investidores estão buscando equilíbrio entre segurança, rentabilidade e liquidez. Cada perfil escolhe títulos que melhor atendem suas necessidades financeiras, seja para preservar patrimônio ou para crescer o investimento com o tempo.