Tarifa EUA e Petrobras podem parecer uma combinação preocupante para muitos, mas a CEO da Petrobras, Magda Chambriard, mostrou tranquilidade diante da taxação americana. Segundo ela, a estatal exporta pouco para os EUA, e as vendas podem ser facilmente redirecionadas para outros mercados, especialmente na Ásia-Pacífico.
Petrobras e o impacto da tarifa dos EUA nas exportações brasileiras
A Petrobras representa um dos maiores nomes do mercado brasileiro de petróleo. Em 2023, a empresa realizou 72,5% de suas vendas no mercado interno e 27,5% em exportações. Isso mostra o peso do mercado interno para a companhia.
Apesar disso, os Estados Unidos são um importante destino para os produtos exportados pela Petrobras. No primeiro trimestre, 37% das exportações de derivados de petróleo e 4% das exportações de petróleo foram destinadas aos EUA.
Magda Chambriard, CEO da Petrobras, afirmou que a empresa exporta uma quantidade pequena para os EUA. Por isso, acredita que a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos não deve causar grande impacto para a estatal.
A executiva acrescentou que a Petrobras pode redirecionar essas vendas para outros mercados, como a Ásia e a região Ásia-Pacífico. Essa estratégia ajuda a reduzir os riscos relacionados a tarifas e mantém as vendas internacionais.
Analistas, como os do BTG Pactual, apoiam esse ponto de vista. Eles acreditam que a Petrobras tem capacidade para desviar facilmente suas exportações para outros países, reduzindo o impacto das tarifas americanas no seu negócio.
No entanto, outras empresas brasileiras, como Embraer, Weg, Suzano e JBS, demonstram preocupações maiores diante da mesma tarifa, preparando-se para possíveis cancelamentos e perdas.
Essa situação levou a um encontro entre empresários e o governo brasileiro para tentar adiar ou negociar o início da taxação, previsto para 1º de agosto de 2023.