As tarifas EUA exportações brasileiras anunciadas pelo presidente Donald Trump prometem um impacto direto em 13 estados do Brasil, onde a venda para os EUA é crucial para a economia local. São Paulo lidera em valores extremamente significativos, mas outros estados como Ceará e Espírito Santo também enfrentam desafios importantes.
Impacto das tarifas de 50% dos EUA nas exportações brasileiras em 2024
Em 2024, os Estados Unidos aplicaram uma tarifa de 50% que afeta diretamente as exportações brasileiras para o país. Essa medida atinge 13 estados, com impactos variados conforme a dependência de cada unidade federativa nas vendas para os EUA.
São Paulo é o estado que mais exporta para os EUA, com US$ 13,8 bilhões, representando 18,2% do total das suas vendas externas. A principal mercadoria exportada inclui setores industriais diversos, que enfrentam desafios quanto à competição no mercado norte-americano devido à tarifa.
Outros estados, como o Ceará, são ainda mais afetados, com 45% das exportações destinadas aos EUA. O destaque da pauta cearense está em ferro, aço e derivados, somando US$ 646 milhões. Esse grande percentual evidencia o impacto negativo da tarifa para sua economia local.
A Paraíba exporta 34,7% da sua produção para os EUA, principalmente combustíveis, óleos minerais e açúcares, totalizando cerca de US$ 59,7 milhões. O Espírito Santo também tem uma parcela significativa, com 27,5% das vendas externas sendo para os EUA, envolvendo ferro, madeira, pedras e minérios.
Em conjunto, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais representam cerca de 65% das receitas brasileiras das exportações para os EUA, reforçando a importância do mercado americano para o Brasil.
O governo paulista já anunciou um crédito subsidiado de R$ 200 milhões para empresas afetadas diretamente pelas tarifas, buscando mitigar o impacto econômico da medida.
Em 2024, os EUA foram destino de 12% das exportações totais brasileiras, alcançando US$ 40,368 bilhões, mesmo com o déficit comercial registrado em US$ 283,8 milhões para produtos e até US$ 7 bilhões incluindo serviços, conforme dados oficiais dos governos dos dois países.
Essa situação mostra a complexidade e a urgência nas negociações entre os dois países, principalmente com uma comissão de senadores brasileiros buscando alternativas para evitar maiores perdas a partir de agosto, quando a tarifa entra em vigor.