As tarifas dos EUA no mel brasileiro têm causado um impacto significativo para os produtores do Piauí, que deixaram de exportar 152 toneladas de mel em 15 dias. Essa situação levou o Grupo Sama a buscar novos mercados, especialmente na Europa e Ásia, para manter a competitividade e sustentar a operação dos apicultores parceiros.
Impacto das tarifas dos EUA no mel brasileiro e estratégias do Grupo Sama para expansão internacional
As tarifas de 50% impostas pelos EUA ao mel brasileiro afetaram diretamente as exportações do Piauí. Em apenas 15 dias, produtores deixaram de vender 152 toneladas de mel para o mercado americano. Isso fez o Grupo Sama buscar alternativas para continuar crescendo no mercado internacional.
O Grupo Sama é um dos principais exportadores do país e atua comprando mel de mais de 12 mil pequenos produtores do Nordeste, especialmente do Piauí, Ceará, Maranhão e Bahia. Com a alta tarifa, eles intensificaram esforços para abrir novas rotas comerciais e ampliar a presença em países da Europa e Ásia.
Novos mercados e rotas comerciais
Entre os destinos focados pelo Grupo Sama estão Alemanha, Holanda, Bélgica e Dinamarca na Europa; além do Canadá, Japão, China e Emirados Árabes na Ásia. Esses países têm mostrado um interesse crescente no mel brasileiro, que é reconhecido pela qualidade e produção sustentável.
Qualidade e sustentabilidade como diferenciais
O mel orgânico do Piauí tem destaque por ser produzido com práticas sustentáveis e ter qualidade certificada. Isso traz vantagem competitiva no cenário global, pois consumidores cada vez mais buscam alimentos saudáveis, com origem rastreável e impacto ambiental positivo.
Apesar do desafio imposto pelas tarifas norte-americanas, o Grupo Sama mantém contratos firmados com clientes dos EUA, procurando reorganizar a logística para proteger o fluxo de caixa dos apicultores parceiros e garantir a continuidade da operação.
Com uma demanda global que supera a oferta, o setor busca consolidar sua posição em mercados mais estáveis e com preços competitivos. Essa estratégia mostra que, mesmo diante de barreiras comerciais, o mel brasileiro pode se fortalecer em outras regiões.